HISTÓRIA DA TEOLOGIA CRISTÃ - Parte 5

Inácio de Antioquia

Inácio foi o bispo dos cristãos em Antioquia, cidade muito importante do Império Romano na Síria. Foi ali que os seguidores de Cristo receberam pela primeira vez o nome de cristãos e foi a partir dali que Paulo iniciou as primeiras viagens missionárias.

Inácio escreveu sete cartas às congregações cristãs enquanto estava a caminho da morte em Roma, onde sofreu martírio por voltar de 110 ou 115. Escreveu aos cristãos de Éfeso, Magnésia, Trália, Roma, Filadelfia, Esmirna e uma pessoal a Policarpo. Este, poucas décadas depois, seguiria os passos de Inácio ao martírio.

Enquanto era escoltado pelos soldados romanos para a capital do Império, Inácio ouviu falar de uma conspiração de cristãos, planejando livrá-lo, então escreveu para que não o livrassem nos seguintes termos: “Eu lhes imploro: não me ofereçam ‘bondade fora de hora’. Deixem-me ser alimento para as feras, por intermédio das quais poderei chegar a Deus. Sou trigo de Deus e estou para ser moído pelas feras, a fim de revelar ser pão puro”.

Inácio enfatizava a obediência aos bispos. Dizia em suas cartas que nada fizessem sem os bispos e que os considerassem como o próprio Senhor, pois “o bispo é nada menos do que o representante de Deus diante da congregação”.

Inácio condenou a cristologia doceta do gnosticismo e legou, com autoridade, uma cristologia da encarnação que afirmava Jesus Cristo como verdadeiro Deus e verdadeiramente humano.
É importante salientar que Inácio havia declarado em uma de suas cartas que “o cristianismo é mais grandioso quando é odiado pelo mundo”. Não conseguimos imaginar os cristãos de hoje lutando contra as imposições das culturas mundanas. Na verdade o que mais se nota nas igrejas é a infiltração de costumes alheios.

Não nos referimos a uma ditadura cristã, onde você é obrigado a viver de certo modo, ou então é expulso; essa atitude também é inconveniente e desaconselhada. Gostaríamos de sugerir, porém, uma consciência cristã santificada, que separe o que é de Deus e o que é do mundo. Não podemos pensar que por aceitarmos “mundanisar” as igrejas, seremos melhores aceitos pelo mundo. Seria uma triste ilusão. O mundo sempre odiará os verdadeiros cristãos, isso é tão certo como o óleo e a água não se misturam.

No momento, pelo menos aqui no Brasil, o mundo não persegue diretamente a igreja, mas já existem preparativos em forma de leis que contrariam a Bíblia. Aquilo que contraria as Sagradas Escrituras está contrariando também o modo de vida dos cristãos ensinado pelo próprio Senhor. É provável que a igreja de Jesus volte a ser perseguida, pois a história é cíclica. Portanto, convém estarmos preparados, “porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?”.

Que o Senhor nos abençoe e nos guarde.
Monteiro

Um comentário:

  1. O Senhor Jesus tem te usado de uma maneira esplêndida, suas mensagens são tremendas e saem do coração de Deus, através do Espírito Santo que te impulsiona a cada dia com esse desejo ardente e amor pela sua “Palavra” ; tenho certeza que antes de edificar qualquer leitor, ela te edifica primeiro. Por isso faço minha as palavras do autor abaixo. “Escrevemos para dizer o não dito, e para conhecê-lo”.
    Octavio Paz
    Um beijo no seu grande coração.

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