Principais Obras de Atanásio
Os tratados teológicos principais de Atanásio incluem “Da Encarnação
do Verbo”, e “Quatro Discursos Contra os Arianos”, depois, “A vida de Antão” e
“Contra os Pagãos”. Escreveu também numerosas cartas, panfletos teológicos e
livros pequenos.
“Da encarnação do Verbo” continua sendo um grande clássico cristão
e ainda é publicado dezessete séculos mais tarde. É uma obra clássica da
teologia construtiva cristã primitiva. É possível que Atanásio o tenha escrito
no primeiro exílio em Tréveis. Ressalta a divindade de Jesus Cristo e a
necessidade de uma encarnação genuína de Deus na humanidade, para nossa
salvação. Admite o modelo tradicional da salvação de deificação ou divinização,
que remonta, no mínimo, a Ireneu ou talvez até a um momento anterior da
história da Teologia. Contém ainda reflexões exegéticas sobre passagens
bíblicas que se relacionam com Jesus Cristo e sua divindade e profundos
esforços mentais no tocante ao relacionamento entre o Pai, o Filho e o Espírito
santo.
Um dos objetivos principais em “Da encarnação do Verbo” é deixar
claro que o Filho é gerado, mas não feito. Sua cristologia relembra nitidamente
a de Orígenes e, de fato, Atanásio tem sido frequentemente considerado como um
“Orígenes da ala direita”. Isto é, sua interpretação de Orígenes é tradicional
e conservadora, ao passo que a dos arianos é “da ala esquerda” (radical).
“Contra os Arianos” é a obra mais polêmica de Atanásio. Foi
escrita em 356 e 360 quando a heresia ariana, na forma do semi-arianismo,
estava para se tornar a ortodoxia obrigatória. A mensagem é a mesma contida em “Da
encarnação do Verbo”, mas é expressa de modo negativo, ou seja, afirma o que
Cristo não é. A mensagem principal é que o Logos não é uma criatura, mas uma só
substância com o Pai.
Atanásio não viveu até ver o cristianismo ortodoxo e católico se
tornar a religião oficial do império romano (fruto da obra da sua vida). Morreu
em 373 em Alexandria. Passou os últimos sete anos de vida na sua cidade natal
em relativa paz e quietude.
“Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros. Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse: não é o servo maior do que o seu Senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.” (Jo 15:17-20).
Que o Senhor nos abençoe e nos
guarde.
Monteiro
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