REFLEXÕES DIÁRIAS - NOVEMBRO


01 – O motivo de você se dispor a levar a Palavra de Deus às pessoas não é outro senão o amor. Você faz isso por amor a Cristo e pelas pessoas. Mas a maioria destas não entende esse dom, muitas pensam que você faz isso por querer se intrometer na vida delas, ou por desejar que elas sigam a sua religião, ou por pensarem que você vai se autopromover. Se você insistir em falar do amor de Cristo às pessoas que não desejam ouvir, estará dando “murros em pontas de facas”, pois insistirá com quem não faz parte do rebanho do Bom Pastor. Há outras ovelhas perdidas precisando de dedicação. O Mestre não disse ide por todo o mundo e encontre uma pessoa que você acha que deve ser salva e insista com ela até que creia. Ele disse: “ide e fazei discípulos, quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crê, já está condenado”. Não pense que por insistir você será mais bondoso que o Senhor. Se estiver claro que a pessoa que você deseja salvar não quer saber de Jesus, não insista, mude de estratégia, passe a falar dela para Jesus, e quem sabe o Espírito Santo possa convencê-la. Esse não é o seu papel. “Quem é de Deus escuta as palavras de Deus...”.

02 – Como bem disse o rei Salomão, a vida neste mundo é só cansaço e enfado. A vida é um constante aprendizado, e valorizamos mais aquele que exige maior esforço. Mas será que a busca pela sabedoria faz algum sentido? Penso que só passa a fazer sentido quando começamos a refletir se valeu a pena tanto desprendimento. Enquanto nos orgulharmos dos sucessos, significa que ainda temos muito que aprender. Muitas pessoas só caem em si quando alcançam o ápice de suas carreiras, porque sabem que a partir de então, começa sua descendência. Caminhamos dia a dia procurando satisfação em nossas realizações, e nunca estamos satisfeitos; então notamos que a verdadeira sabedoria só é alcançada quando reconhecemos que somente Deus pode nos completar e nos causar plena realização. Quando passamos a entender que sem Deus a nossa vida é uma constante procura pela felicidade e quando compreendemos que de tudo que aprendemos o que importa é glorificar a Deus, então deduzimos qual o verdadeiro sentido da vida. “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que cumprem os seus mandamentos”.

03 – O fato de termos aceitado a salvação proposta por Deus é só o princípio da sabedoria, não nos dá pleno conhecimento, pois não nos torna perfeitos, apesar de que o Pai nos vê em perfeição através do Filho. É verdade que, conforme as revelações paulinas, nós possuímos a mente de Cristo, entretanto, só a conquistaremos integralmente na eternidade (e olhe lá!). Ainda temos muito que aprender. O filósofo Sócrates foi feliz em sua apologia, afirmando saber que nada sabia. Existem muitas outras boas verdades, mas as de Jesus são imbatíveis. Fico pasmo ao ver pessoas que falam excessivamente, que querem passar a impressão de domínio dos assuntos, isto não é ser sábio. O cristão, principalmente, tem que saber ouvir para poder ajudar e também para aprender, pois todos estão capacitados a nos ensinar. Dizem que por isso Deus nos deu duas orelhas e uma só boca, para ouvirmos mais e falarmos menos. Mas a verdade é que em tudo devemos ser equilibrados. “Até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio [...]. Busca satisfazer seu próprio desejo aquele que se isola; ele se insurge contra toda sabedoria. O tolo não tem prazer na sabedoria [...]”.

04 – “... Não temais; porventura estou eu em lugar de Deus? Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida”. Palavras de José aos irmãos, os quais temiam sua vingança após a morte de Jacó. Aquele que confia no Senhor não se abala. É natural que as pessoas que não têm compromisso com Deus intentem o mal contra os cristãos, mas a confiança no Senhor nos faz saber que não devemos temer. Não estou dizendo que devemos sair por aí gritando que somos invencíveis, que as pessoas ímpias podem tentar nos destruir, que nada nos sucederá; isto não é verdade, é tentar a Deus. Todavia, podemos confiar no Senhor, pois só Ele tem poder para converter maldição em bênção. É Deus quem controla nossa história, é ele quem dá direção ao progresso que espera de nós, para benefício de muitos. “Fé” é a palavra de vitória, e a confiança em Deus faz com que Ele nos livre das mãos dos adversários. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam”.

05 – As leis criadas pelos homens deveriam proteger uma sociedade, dar segurança às pessoas que vivem numa mesma pátria. No início era assim que funcionava, mas com o tempo, com a ganância dos poderosos, tudo mudou. A ideia ainda permanece, mas na realidade estão sendo criadas para proteger grupos diferenciados. Estão criando leis que contrariam até mesmo a determinação do Criador, do Deus que criou as leis naturais, e que transmitiu a um povo eleito as leis morais, civis e religiosas. Por muito tempo as leis de Deus estiveram inseridas na carta magna de muitos países, e estes eram prósperos. Infelizmente esta prosperidade foi tamanha, que resolveram esquecer as recomendações do Criador, julgando serem obsoletas. Esta atitude insana dispara o gatilho que projeta a própria destruição. Não podemos ir de encontro às leis de Deus, elas são perfeitas. Somente o Criador conhece Suas criaturas, só Ele sabe do que necessitamos, Suas leis não foram ditadas ao acaso, mas para nos proteger. “Filho do homem, pondera no teu coração, e vê [...], e ouve [...], tudo quanto eu te disser de todos os estatutos da casa do SENHOR, e de todas as suas leis...”.

06 – As perfeitas leis de Deus não só nos protegem como também nos trazem refrigério. Elas são como água refrescante, e o nosso Bom Pastor conhecendo nossas necessidades nos conduz às águas tranquilas, proporcionando-nos a paz e o conforto que só Ele pode dar. Quem confia no Senhor tem paz de espírito, pois reconhece que dEle depende, e entende que sua vida não se resume a este mundo. Os que confiam no Senhor são como rochas, não se abalam, e permanecem para sempre. Por outro lado, os que não confiam no Senhor vivem sobressaltados, inquietos, inseguros e temerosos, embora não suportem admitir, pois reconhecer tais sentimentos seria demonstrar fraqueza. Jesus proporcionou refrigério à mulher samaritana quando lhe ofereceu água viva; ela sábia e humildemente aceitou Sua generosa oferta. Jesus Cristo é o mesmo, Ele continua a oferecer refrigério a todas as pessoas, elas só precisam reconhecer que necessitam saciar suas sedes. Outras fontes podem saciá-las, mas temporariamente. “E andaram errantes duas ou três cidades, indo à outra cidade para beberem água, mas não se saciaram; contudo não vos convertestes a mim, disse o SENHOR”.

07 – Além de proteção e refrigério, as perfeitas leis de Deus ainda nos proporcionam recompensas. O Senhor recompensa com bem todos aqueles que procuram cumprir Seus ensinamentos e Seus estatutos, mas recompensa com mal todos os rebeldes. A boa recompensa vem em forma de galardão não somente para este tempo presente como também se prolongará por toda a eternidade. A primeira e mais simples recompensa agradável é o sentimento de dever cumprido, de realização pessoal, pois as pessoas que procuram fazer o que é correto sentem-se bem consigo mesmas e com as pessoas ao redor. Só o fato de tentar cumprir os desígnios de Deus já traz conforto, mesmo que não consiga cumprir fielmente, porque quem tenta fazer o que é certo sabe o que está tentando fazer e, além disso, compreende que o Deus que tudo criou, tudo conhece e tudo vê, está a par de suas limitações, e entende que o Pai não economiza perdão, está sempre pronto para perdoar aos que sinceramente se arrependem. “Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”.

08 – Buscar a prosperidade em Deus não é má ideia. Não é errado pedir ajuda a Deus para conseguir o que precisa e o que deseja, pois Ele é Senhor absoluto sobre tudo. Não digo que é errado se interessar pelo que Deus tem para nos dar, mas não convém buscar a Deus exclusivamente por interesse. Procurar por Jesus só porque Ele pode nos dar saúde, riqueza, segurança, proteção, é como casar-se por interesse. Sabemos que muitos consideram o casamento interesseiro normal, aprovam e até aconselham esse negócio. No entanto, um casamento de negócio é ilusório para ambas as partes; uma delas pensa que está se dando bem comprando seu cônjuge, mas se esquece de que pessoas não são mercadorias; o outro lado pensa ter vantagens unindo o útil ao agradável. Ambos não consideram que sem amor não há respeito, não há compreensão, não há humildade, não há fidelidade, nem há perdão, e sem esses ingredientes a convivência torna-se quase impossível. Mesmo havendo amor por uma das partes, um dia esta cansará. Ambos são iludidos e pensam estar enganando. Mas Jesus não se deixa enganar, pois “esquadrinha o SENHOR todos os corações”.

09 – Não é fácil quebrar o vínculo com o passado. O passado nos trás boas recordações, mas também tem o poder de nos encher de culpa. Às vezes, só em pensar no que fizemos, impensada e descompromissadamente, imaginamos que já estamos pecando. De fato a imaginação pode nos fazer pecar. Pecamos até por pensamento, mas não é pecado todo mau pensamento, se fosse, estaríamos perdidos, pois não paramos nunca de pensar, e entre tantas imagens formadas em nossas mentes, seria impossível não vir alguns pensamentos corrompidos. Portanto, só pecamos quando alimentamos esses tipos de pensamentos, quando fantasiamos propositalmente em nossa imaginação com os pensamentos que vêm inadvertidamente. Lógico, ideal é pedir ao Senhor que purifique os nossos corações, pois é dele que se originam os maus pensamentos, mas se ainda não for possível, então devemos continuar lutando, o que não podemos é nos afastar de Deus. Um excelente modo de derrotar os maus pensamentos é substituí-los por algo melhor. Não existe algo melhor que Jesus. “Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna”.

10 – Certo dia, ouvi alguém dizer que existem muitas pessoas preocupadas em excesso, correndo atrás de dinheiro; e aconselhou: “o cristão verdadeiramente abençoado não corre atrás do dinheiro, é o dinheiro quem corre atrás dele”. A primeira vista essa dica parece sensacionalista, mas não é. Jesus mesmo falou que não devemos viver ansiosos com coisa alguma, pois o Pai conhece todas as nossas necessidades, e o rei Davi, homem segundo o coração de Deus, afirmou que o Senhor jamais desamparará um justo, nem sua descendência mendigará o pão. Então por que vivermos estressados e preocupados em adquirir bens materiais, se é o próprio Pai quem nos concede todas as bênçãos, do modo que Ele quer? Além disso, o Senhor nos orienta a buscarmos em primeiro lugar as leis de Deus e a Sua justiça, que as outras coisas nos serão acrescentadas. Portanto, em aquiescência à frase, não há razão para medo ou ganância. Por que desperdiçar os nossos dias, deixando Deus em segundo plano? Ele é importante demais para ser deixado de lado, enquanto nos aplicamos na busca desesperada de bênçãos. “Por que temeis, homens de pouca fé?”.

11 – Ao longo da vida, aprendemos coisas erradas e por falta de experiência as tomamos como certas. Quando eu era mais jovem, ouvi a seguinte frase: “antes da hora não é hora, e depois da hora também não é hora, a hora é a hora” e, infelizmente, a tomei como verdadeira e a apliquei em minha vida. Procurava aproveitar ao máximo as atividades que estava realizando e fazia de tudo para chegar aos locais dos compromissos sucessivos na hora exata. Claro que isso nem sempre funcionava, e a conclusão óbvia que se tira é que quase sempre chegava atrasado ao local da próxima atividade. Dou graças ao bom Deus que hoje, um pouquinho menos jovem e com um pouco mais de experiência, já me dou conta que o atraso deve ser um acidente e não uma ação constante e costumeira. Procurando chegar com bastante antecedência aos eventos, os engarrafamentos no percurso já não são mais uma tortura, os semáforos já não demoram tanto para abrir, dirigimos com mais tranquilidade e responsabilidade, e até temos tempo para ser mais gentis e educados no trânsito. “A sabedoria do prudente é entender o seu caminho, mas a estultícia dos insensatos é engano”.

12 – Nem sempre o atraso das pessoas é o responsável pela falta de educação no trânsito. Existem outros motivos. Sabemos que, como diz a atual campanha de segurança no trânsito, “direção e álcool não combinam”; essa falta de respeito vem provocando muitos acidentes fatais. Sabemos ainda que, em vista dos valores dos impostos que pagamos, a organização e a segurança no trânsito deixam muito a desejar, pois estão bem aquém do que realmente deveria ser se as verbas recebidas pelo governo fossem aplicadas devidamente. A falta de investimento é um sério fator, mas existem outras razões que fazem com que os cidadãos quando se encontram atrás de um volante sintam-se “mais poderosos” do que os outros. Podemos dizer que a falta de tolerância é outro péssimo motivo. Normalmente não toleramos as pessoas por julgamos que dirigem pior do que nós, e nos esquecemos de que, por não sermos perfeitos, não estamos imunes a cometer infrações. Ainda temos espaço para dizer que também está faltando amor por nossos semelhantes. “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido”.

13 – “Como vinagre para os dentes, como fumaça para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam”. Realmente é muito difícil trabalhar com preguiçosos. Pior que trabalhar com preguiçosos é labutar com pessimistas. Parece que os pessimistas sentem prazer em dizer que não vai dar certo algum plano. Se eles tivessem alguma ideia melhor, tudo bem, essa atitude seria perfeitamente compreensível. Porém, frequentemente, eles não apresentam absolutamente nada que some, só têm certeza de que não vai dar certo de uma forma, ou de outra. Encontramos pessoas assim até mesmo nas igrejas, parece que elas oram para nada dar certo. Ainda bem que a obra do Senhor não depende dessa gente. A obra do Senhor depende exclusivamente da ação do Seu Espírito nos corações das pessoas, Ele conta com os préstimos dos otimistas, daqueles que abrem seus corações para servi-Lo. Servir a Deus é servir ao próximo. Portanto, pegue no arado e não olhe para trás, que os que não compartilham do mesmo Espírito fiquem onde estão. Quem é de Deus O serve. “Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus”.

14 – “A coisa mais próxima do céu na terra é a família cristã e o lar em que marido e esposa, pais e filhos, vivam juntos em amor e paz para o Senhor e uns para os outros. A coisa mais próxima do inferno na terra é um lar sem Deus, quebrado pelo pecado, em que os pais vivem em discórdia e acabam separando-se e os filhos são abandonados nas mãos do diabo e de todas as forças da impiedade”. O Dr. Haan não está exagerando com estas palavras. Esta é a dura realidade. A única saída seria a segunda família tornar-se como a primeira. Mesmo uma família convencional, se não viver segundo orientações divinas, está fadada ao fracasso. Enfatizamos o cuidado dos pais para com os filhos. O exemplo é o principal instrumento de motivação, pois as crianças observam tudo, e é comum copiarem. Portanto, atentemo-nos às próprias transformações pelo poder do Espírito Santo, para que, então, nossas crianças sejam transformadas convenientemente para a glória de Deus. Disse Jesus: “... qualquer que escandalizar um destes pequeninos [...], melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar”.

15 – Sabemos que a salvação é individual e que Deus abençoa as pessoas individualmente. No entanto, as bênçãos são mais prazerosas quando recebidas coletivamente. Portanto, todos os membros da família são responsáveis pela felicidade mútua e não apenas pelas cobranças. As famílias que vivem harmoniosamente agradam mais a Deus. Os incautos só vivem o momento, eles até pensam numa felicidade duradoura, mas raramente agem a favor dessa aspiração. Não há felicidade duradoura sem a primazia do Senhor em nossas vidas. Saúde, boa situação econômica, boas notas na escola, tudo isso é importante, mas a convivência familiar próspera não depende só dessas condições, nem depende unicamente da capacidade humana em saber administrá-la. A família é parte do plano de Deus e como tal Ele deve estar nesse negócio. Só o Senhor pode fazer de nossas famílias um paraíso aqui na terra, prolongando-se por toda a eternidade. Problemas sempre existirão, mas existem também boas recordações, e todos devem gozar juntos os momentos felizes dessa história familiar. “... como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis”.

16 – No terceiro dia após a crucificação de Jesus, domingo pela manhã, Maria Madalena e outra Maria chegam ao sepulcro onde o Senhor fora sepultado, mas encontram a tumba vazia. Cristo já havia ressuscitado. Fato seguidamente comprovado pelos discípulos Pedro e João, os quais, amedrontados, e sem nada entender, correm para o esconderijo. Maria Madalena, no entanto, permaneceu ali chorando, pensando que haviam roubado o corpo do Senhor, mas o ressurreto Messias aparece e a conforta, e então a envia ao encontro dos discípulos para lhes anunciar a boa nova de Sua ressurreição. Estes temiam ao povo, que poderia praticar contra eles a mesma injustiça que o Mestre foi acometido. Enquanto estavam ali reunidos e retraídos, eis que surge o Senhor entre eles, saudando-os: “paz seja convosco”. Naquele evento um dos discípulos estava ausente: Tomé. Este não creu de imediato quando lhe contaram. Mas, quando viu e tocou no corpo glorificado do Senhor, caiu aos Seus pés, glorificando-O como Deus: Senhor meu, e Deus meu! “... Não sejas incrédulo, mas crente [...]. Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram”.

17 – O trabalho para o Senhor deve ser prazeroso. O fazemos porque nos importamos com as pessoas e porque sentimo-nos bem quando o colocamos em prática. O Espírito Santo é quem nos move com esse dom, consoante às necessidades da igreja. Se fizermos a obra de Deus por obrigação, e não com espírito voluntário, então devemos repensar nossos conceitos. É certo que encontraremos situações decepcionantes, pois não estamos imunes às tribulações. Todavia, se estamos convictos do que Deus quer de nós e do que queremos, então, quem se importará com desmotivações? “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”. Acautelemo-nos, porém, com as pessoas que dependem do nosso amor, pois quando as ajudamos, indiretamente estamos trabalhando para Deus, pois a obra de Deus consiste, na verdade, em fazermos as pessoas felizes. Afinal, que poderíamos fazer a Deus diretamente? Temos muitas necessidades, e algumas podem ser substituídas, mas nenhuma deve ser negligenciada. Portanto, trabalhemos para Deus, mas sem olvidar nossas necessidades, individuais ou coletivas. “Há tempo para todo o propósito debaixo do céu”.

18 – Os exércitos se preparam fortemente para estar sempre prontos para bem cumprir suas missões. Seus soldados, além de boas orientações, ainda recebem pesados treinamentos e realizam simulações de combates visando os diversos tipos de terrenos e situações que poderão enfrentar no desempenho de suas atribuições. Fazem exercícios de combate que se aproximam da realidade encontrada no teatro de operações. Possuem logísticas próprias que os reabastecem com água potável, alimentos, medicamentos, remuniciamentos, transporte etc. Se os exércitos não se preparassem, se os soldados tivessem apenas orientações e não realizassem treinamentos, se não tivessem conhecimento das estratégias de combate bem como da utilização de seus equipamentos, se não recebessem informações detalhadas sobre o potencial da ação inimiga, um exército assim seria facilmente derrotado. Se o compararmos com o Exército de Cristo encontramos uma única diferença: neste os inimigos são invisíveis. Por isso, deve portar-se com os mesmos princípios, se desejar obter êxito. “... se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha?”.

19 – De uma coisa nós podemos nos orgulhar no glorioso Exército de Cristo: do nosso General. O nosso General é Cristo. Os exércitos convencionais possuem vários falíveis generais, nenhum deles é perfeito como o nosso. Se estes não confiarem no nosso General estarão perdidos e seus comandados enfrentarão sérios apuros. Se os generais dos exércitos convencionais confiarem unicamente em seus carros e seus cavalos, no poder de combate de seus soldados e de fogo de suas artilharias, em suas teorias e práticas adquiridas durante anos de estudos e experiências, em seus planejamentos detalhados e em suas táticas de guerra, e não confiarem no nosso perfeito e todo-poderoso General, então já devem ser considerados duplamente derrotados. Nos exércitos convencionais os soldados, relutantemente, entregam suas vidas por amor à pátria e a serviço de governantes corruptos, os quais podem conduzir esses “inocentes” militares a uma guerra justa ou injusta. No Exército de Cristo, porém, as batalhas são sempre justas e os soldados já não são donos de suas próprias vidas, porque estas já foram entregues ao General, pois “o viver é Cristo e o morrer é ganho”.

20 – Não é possível viver sem problemas, mas é possível evitá-los, ou pelo menos atenuá-los. Algumas pessoas atraem para si problemas que poderiam ter sido evitados. Não nos referimos àquelas que, na tentativa de ajudar, acabam se envolvendo nos problemas alheios (isso pode ser evitado com o devido preparo). Referimo-nos às pessoas que vivem cheias de problemas e não procuram evitá-los. Convivemos com pessoas que conseguem prever que determinada ação vai lhes trazer sérias consequências, mas não se importam naquele momento, porque querem sentir os prazeres que tais atitudes lhes proporcionam. O problema delas é que, depois que “derramam o leite”, não conseguem viver sem envolver outras pessoas em seus dilemas. Prevenir problemas sempre será a melhor conduta. Temos que saber frear os nossos instintos animais, controlar as concumpiscências. O senso crítico deve estar presente em nossas decisões, pois nem sempre teremos placas de avisos, alertando que há perigo à frente. Conselhos são válidos, desde que os recebamos das pessoas corretas; que, como Jó, possamos dizer: “esteja longe de mim o conselho dos ímpios!”.

21 – Não seremos capazes de julgar com perfeição se não dispusermos de todas as informações. Por isso, os prejulgamentos e preconceitos devem ser evitados, caso contrário, faremos julgamentos inconsistentes. Quando assistimos aos noticiários é comum querermos de imediato mandar para a cadeira elétrica aqueles que nos parecem culpados. Contudo, nem mesmo os juizes têm poder para assim agir; há que se coletar as informações necessárias para se proceder com o julgamento, o qual não é feito por um só homem. Na tentativa de se fazer justiça, várias pessoas são envolvidas, tais como, os promotores, os advogados, as testemunhas, os jurados, os escrivães, e aquele que aplica o veredito. Mesmo com tantas precauções, ainda assim, existe a possibilidade de se cometer injustiça, pois é quase impossível de se obter todos os dados. Só existe uma Pessoa que detém todo o conhecimento e todo o poder, e somente Ele é capaz de julgar a todos com perfeição. “... com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. [...] tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão”.

22 – Quaisquer estratégias criadas pelos homens, sendo estes orientados ou não pelo Espírito Santo, com o objetivo de reunir pessoas ou grupos de pessoas em nome de Jesus são válidas. O problema é que as pessoas que não se dão bem com determinado movimento tendem a falar mal. Algumas delas, por falta de controle do pequeno órgão chamado língua, acabam por difamar iniciativas que não sabem se Deus aprova ou não. Essas pessoas devem tomar muito cuidado para não prejudicar (pensando estar ajudando) o desempenho das pessoas que, com amor pelas almas, se preocupam em partilhar e desenvolver a obra de Deus. Não importa como preguem o evangelho, o importante é que o nome de Jesus seja anunciado. Quem ouve a Palavra de Deus, seja como for, deve decidir como servir a Cristo, e se servirá. Portanto, se não estamos nos sentindo bem ou se discordamos de certos atos administrativos ou das estratégias de algumas congregações, temos total liberdade para tentar servir a Deus em outro local e de outra forma. Que “Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda”.

23 – Partindo-se do princípio que Adão obteve vida a partir do primeiro momento em que recebeu o fôlego de vida, pode-se concluir que uma nova vida, gerada através da reprodução humana, também recebe a sua alma (e/ou o seu espírito - dependendo das concepções espiritualistas ou materialistas) a partir do momento em que é concebida, isto é, os fetos ou mesmo os embriões já possuem vida desde o momento em que passam a respirar, mesmo que essa respiração não seja pulmonar, e mesmo que ela seja dependente de sua progenitora ou de aparelhos para isso destinados. Portanto, provocar o aborto é crime. Somente Aquele que dá a vida tem o direito de tirá-la quando bem entender e da forma que Lhe convier. A nossa mente é como uma esponja que absorve com estrema rapidez tudo que lhe é oferecido. Aos poucos estão incutindo em nossas mentes, e transformando em leis, atos que Deus abomina. E, em breve, pelo andar da carruagem, abortar será uma opção legal. “Não perverterás o direito do teu pobre na sua demanda. De palavras de falsidade te afastarás, e não matarás o inocente e o justo; porque não justificarei o ímpio”.

24 – A Palavra de Deus é o único antídoto contra a lavagem cerebral. Ela impede que nossas mentes absorvam os lixos impostos pelas mudanças culturais. As novelas, por exemplo, são importantes veículos de formação dessas culturas antibíblicas, e em geral, apenas refletem aquilo que há de pior nos seres humanos. As novelas, drogas nocivas (mas permitidas), fazem a assistência viajar mais que qualquer usuário de drogas proibidas, esses telespectadores entram num mundo de fantasia onde tudo é belo. O êxtase é tamanho que eles nem percebem o tempo passar, e quando menos esperam já se foi um tempo precioso que poderia ter sido usado para proteger suas mentes com a Palavra da verdade. “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”.

25 – As Sagradas Escrituras, quando bem entendidas e bem aplicadas em nossas vidas, deixam de ser uma mera coleção de livros religiosos que ensina as verdades acerca do Senhor e Salvador Jesus Cristo, e passam a ser não somente um ótimo antídoto contra as imposições culturais, como também santifica todos aqueles que nela creem e fazem dela algo mais que um simples manual de boa conduta. Aquele que crê na Bíblia e faz dela sua regra de fé e prática o faz porque entende o interesse de seu Autor pela purificação de Seus filhos. A Palavra de Deus nos purifica de todo pecado porque ela não é (como pensam muitos) uma imposição de seres humanos ávidos por controlar seus semelhantes e obter vantagens. Ela é a verdade. E esta verdade também não é imposição de cristãos desejosos de créditos por pessoas pertencentes a este mundo, mas são as palavras de Jesus enquanto orava ao Pai intercedendo por todos nós: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo”.

26 – As verdades de Deus impressas na Bíblia, além de nos oferecer a salvação de nossas almas, nos ensinam a viver neste mundo e, principalmente, a cuidar de nossas famílias. Não é por acaso que muitos lares cristãos são verdadeiramente felizes. Os cristãos que procuram aplicar em suas vidas a Palavra de Deus têm esse reflexo positivo em seus lares. Por outro lado, se um cristão não entende ou não se preocupa em saber o que Deus espera dele, seu lar será de desavenças e contendas, isso porque os membros de sua casa não compreenderão que parâmetros deverão seguir. Assim sendo, pode-se dizer que um lar feliz nada mais é do que o resultado da aplicação dos conselhos do Senhor incutidos nas mentes daqueles que Lhe obedecem. Torna-se fácil viver em família de forma harmoniosa quando a regra fundamental são os ensinamentos do Criador. “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra. Com todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti. Bendito és tu, ó SENHOR; ensina-me os teus estatutos”.

27 – A crença na existência de um único Deus, Criador, Mantenedor, Salvador e Juiz do mundo, é o que controla as animosidades humanas. A vida não é nada fácil de ser vivida em virtude de tantas desavenças e conflitos. Se a maioria das pessoas não temesse a Deus, então a vida neste mundo seria um “sei lá o que” nos acuda. É certo que jamais obteremos solução alguma fundamentados em religiões. Estas apenas alienam as pessoas, pois têm que pensar similarmente, do contrário, não serão bem aceitas. As religiões permitem que as pessoas pensem que não importa onde elas se encontrem, ou que tanto faz o caminho que devam seguir, pois nenhuma de suas escolhas afetará sua comunhão com aquilo que chamam “deus”, nem alterará o seu destino final. Quando o Filho de Deus esteve aqui, Ele não formou nenhuma religião. Cristo apenas fez discípulos e ordenou que também fizessem. Aqueles que leem a Bíblia compreendem a mente de Cristo e, sintonizados com Ele, sentem o que Ele repudia. Algumas ações são praticadas por pensarem ser um mal menor, e o aborto é uma delas. “Quem dentre vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes?”.

28 – Interromper uma gravidez é eliminar uma vida humana, e isso não é tão simples nem banal como julgam alguns. De imediato parece ser prático e econômico, e este é um dos argumentos utilizados pelos interessados. É menos dispendioso para o governo extrair um ser humano em potencial do útero de uma mulher, que por algum motivo não soube ou não pôde utilizar métodos contraceptivos, do que investir na educação dos jovens brasileiros. Os casais bem orientados preocupam-se em utilizar métodos que evitam uma gravidez indesejada. Mas aqueles que nem são casados e pensam que sexo é só diversão, que não receberam orientação no lar, porque seus pais não foram competentes; nem nas escolas, porque nesta as orientações são ministradas favoravelmente à ideologia dominante, e esta está pervertendo a moral e os bons costumes; nem em igrejas cristãs, porque a maioria dos jovens tem aversão ao local onde se reúnem os “caretas”, ou porque seus pais não se interessam e, portanto, não estão em condições de ensinar algo, nesse sentido, que vem de Deus? A mais prejudicada é a moça, que terá que conviver com problemas psicossomáticos. “Não façais tal loucura”.

29 – A mulher é gravemente prejudicada quando obrigada a sofrer intervenção abortiva, devido aos problemas psicossomáticos que contrairá. Mas a pessoa do sexo masculino (não chamaremos de homem ao indivíduo que contribui com tamanha barbaridade contra um ser indefeso) não se exime de culpa perante Deus. Não podemos concordar que uma vida humana, tão somente por não ter poder algum de decisão, seja tratada como algo descartável, ou como uma carga difícil de carregar. É preciso que se tenha mais fé em Deus, inclusive pela cura dos problemas psicológicos adquiridos no curso desse indesejável processo. Os problemas somáticos, no entanto, poderão persistir em virtude da consequência do pecado. Lógico que Deus também cura problemas de ordem física, mas essa decisão caberá a Ele, pois dependerá não só de Sua misericórdia, como também da visão que Ele tem sobre o todo, o qual nós, criaturas, desconhecemos. Lembramos que o perdão dos pecados de ambos, se arrependidos, já foi conquistado na cruz de Cristo; basta crer. “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus”.

30 – Como diz um ditado popular, “aquilo que você faz, fala tão alto, que não podemos ouvir o que você diz”. Ser cristão não é viver de aparências, não é falar uma coisa e viver outra. Isso os fariseus também faziam, e Jesus os repreendeu severamente. Como saber se uma pessoa é verdadeiramente cristã? Observando os demais membros de sua família. A razão é evidente: muitas pessoas são cristãs apenas na igreja. Ser cristão vinte e quatro horas não é uma realidade para muitos crentes, estes não conseguem ser cristãos aos olhos de suas famílias. Se não são exemplos em casa, raramente haverá transformação nos demais membros do lar. Lógico que o Senhor pode usar um filho para servir de exemplo aos pais, mas isso não é regra; com frequência, os filhos são quem imitam as ações dos pais. Mesmo que estes sejam assíduos frequentadores da igreja, mesmo que tenham um pastor extremamente competente e cheio da unção de Deus, e com as mensagens mais transformadoras que poderão existir, se não houver um relacionamento verdadeiro com seus filhos, porão tudo a perder. “Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo”.

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