REFLEXÕES DIÁRIAS - JANEIRO



01 a 18 – Férias.

19 – O fato de Deus, Todo-Poderoso, ter vindo a este mundo na forma humana, por si só já é reduzir-se a quase nada. Agora imagine esse mesmo Deus, que tudo pode, e tudo vê, sendo violentamente humilhado e brutalmente crucificado por nossa causa e por nós mesmos, seres humanos insensatos e impiedosos. Isso realmente aconteceu. Durante muito tempo era só o que se falava no mundo de então, e ninguém, nem noticiário algum daquela época poderia desmentir (ou desmitificar, como preferem alguns) esse episódio de extrema ingratidão. O homem sem Deus é capaz de cometer as piores atrocidades para defender seus interesses egoístas. Felizmente o nosso amoroso Criador, Juiz e Redentor, também é capaz de fazer qualquer coisa para nos redimir. Isso Ele fez e continua fazendo, creia ou não o homem. Foi por nós que Ele se destituiu de toda a Sua glória e entregou a Sua própria vida para nos resgatar das mãos de Satanás. Naquela cruz de tamanha humilhação, os demônios já “cantavam hinos de vitórias”, mas Jesus Cristo venceu até mesmo a morte por nós, Ele ressuscitou, e está vivo junto ao Pai, como nosso único e suficiente intercessor. “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra”.

20 – A “lei da semeadura é divina”. Só podemos colher aquilo que plantamos. Estamos sabendo educar os nossos filhos? Por que os jovens estão praticando tantos atos reprováveis? Circulando pelas vias das cidades, observamos inúmeras atitudes e cenas deploráveis, e algumas são lançadas “garganta adentro” da sociedade por aqueles que elegemos nossos representantes. Esses comportamentos, que Deus abomina, já não podemos sequer criticar, quanto mais tentar corrigir. Paralelamente a essas ações, jovens são manipulados e aliciados por marmanjos para a prática criminosa; isso quando os próprios menores não encabeçam as operações. O Dr. Benjamin Spock defendeu a tese de que não devemos bater em nossas crianças quando se comportam mal, porque prejudicaríamos a autoestima e a personalidade em formação. Esse teórico sabia o que falava. Mas quem apoia essa teoria não considera o fato de que o filho do Dr. Spock cometeu suicídio, o que não diminui em nada a qualificação desse especialista. Lógico que não devemos espancar as nossas crianças. Existem várias maneiras de conduzirmos os pequeninos. “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”.

21 – Os cristãos não gostam de ser manipulados por serem cristãos. Aliás, ninguém gosta. Mas é o que vem acontecendo desde sempre. Os crentes estariam fartos e cansados de serem manipulados se não fosse o autocontrole, a paciência, o amor e outros frutos que só quem tem o Espírito de Cristo consegue desenvolver. Não é por não gostarmos da manipulação que vamos sair por aí respondendo a tudo que nos acusam. Como diz um ditado popular, “quem não deve, não teme”. Por que responder às injúrias se elas não são verdadeiras. Quem tem fé em Deus (outro fruto do Espírito) espera nEle, não sai por aí “cuspindo fogo”, tentando autodefender-se. A menos que tenha “culpa no cartório”, ou que queira lucrar com a situação. Pedro argumentou muito bem sobre essa questão: “Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente. Porque, que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus. Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas”.

22 – Há alguns dias, ao assistir a um jornal televisivo, fui surpreendido por uma matéria que, para mim, se tornou uma piada. Era narrado o absurdo de uma nova penitenciária que custará ao contribuinte três mil reais diários por cada preso. O assunto estava sério e, ao mesmo tempo, decepcionante e revoltante, mas, de repente, o narrador dirige-se a Deus, acusando-O e repreendendo-O de ter feito o projeto. Cheguei a sentir a indignação de seu coração. É incrível como até os ateus gostam de culpar Deus. Não creem em Deus, mas toda mazela que acontece na sociedade, Ele é o principal responsável. Que contradição! Eles descartam Deus de tudo, e não entendem porque o mundo caminha para o inferno. As pessoas não entendem que o Senhor é tão Santo que não aprova nenhuma dessas ações. Todos os ladrões, assassinos, estupradores e demais escórias da sociedade seriam mortos por apedrejamento. No entanto, Deus é tão misericordioso que sacrificou o Seu próprio Filho para perdoar todos os pecadores arrependidos. “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende”.

23 – As pessoas creem em tudo que os jornais dizem, mas duvidam do que a Bíblia diz. Existem diferenças e semelhanças entre a Bíblia e os jornais; reflitamos em algumas: os jornais são escritos diariamente e a cada dia revelam novos fatos, e as pessoas que podem refutar aquilo que é notícia ainda vivem. A Bíblia foi escrita há muito tempo e seu conteúdo mantém-se estável, revelando o Criador de todas as coisas, mas as pessoas que poderiam refutar o seu conteúdo já não existem mais, o que não quer dizer que não puderam fazê-lo em momento oportuno, pois assim como os jornais, a Bíblia já foi, e ainda é, notícia atual. Os jornais de hoje, porém, jamais terão o mesmo valor ético e moral daqui a dois mil anos como tem a Bíblia. Os jornais são expressões humanas daqueles que os produzem, e estes o fazem por amor à profissão ou devido aos merecidos incentivos adquiridos como resultado do trabalho realizado. A Bíblia é a irrevogável expressão de Deus; aqueles que a produziram o fizeram por amor a Deus e às pessoas, bem como pelas merecidas recompensas adquiridas como fruto da fé em Deus. “... Onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará”.

24 – O verdadeiro profeta, isto é, o verdadeiro discípulo de Jesus Cristo é aquele que O imita. Quem não imita o Mestre não pode ser discípulo. Será que o nosso Salvador, Aquele que diz “vinde a mim, todos que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” exigiria dízimos e ofertas dos membros de Sua igreja? Evidente que não. Com certeza Ele ensinaria que essa é uma ação voluntária, uma ação que deve ser feita quando o membro sentir necessidade de colaborar na salvação de outras almas, e não para a construção de palácios. Será que Aquele que, comparado a um passarinho, não tinha sequer um ninho para repousar sua cabeça, beneficiar-se-ia da fé e da ingenuidade dos pobres irmãos para aquisição de fazendas e palácios? É certo que Cristo nem tocaria em dinheiro, mas teria um administrador que o repartisse entre os pobres, que investisse no auxílio às comunidades carentes. Portanto, aqueles que se dizem discípulos e profetas, mas que só falam em prosperidade, são todos suspeitos. Acautelai-vos! “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis...”.

25 – Saber diferenciar um lobo disfarçado de ovelha de uma verdadeira ovelha é um dos motivos pelo qual devemos nos aprofundar no conhecimento bíblico. Lógico que existem outros motivos. “Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR”. Dada à importância de sabermos diferenciar um verdadeiro mestre de outro falso é que enfatizamos a dádiva de conhecermos a Palavra de Deus; pois, conhecendo-a, entendemos com mais clareza um pouco de Sua mente infinita, e, desta forma, absorvemos com mais eficácia os Seus ensinamentos e, consequentemente, não nos deixaremos enganar com facilidade. Portanto, conhecer a vontade de Deus é de primordial importância para o cristão, porque o cristão que não se aplica em conhecer a Palavra de Deus não se alimenta espiritualmente, e aquele que não se alimenta definha-se, quer dizer, morre. E um morto espiritual não pode ser um cristão, pois este tem o dom da vida em Cristo Jesus por intermédio de Seu Espírito. “E disse-lhes Pedro: arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo”.

26 – As verdadeiras ovelhas de Cristo ouvem e conhecem a Sua voz. Elas não andam perdidas por caminhos tortuosos, seguindo os passos dos falsos pastores e falsos mestres. Por ouvirem a voz de Cristo, não se iludem com falsas promessas nem com qualquer pasto, mas são conduzidas aos pastos verdejantes, às águas tranquilas. As verdadeiras ovelhas de Cristo não se iludem com este mundo passageiro, de momentos felizes e de tribulações, onde são apenas peregrinas e forasteiras, mas seguem os passos do Senhor para uma vida de eterna felicidade e paz constante. Quem, portanto, se dispõe a seguir ao Bom Pastor, pertencendo ao Seu pasto, é templo do Espírito Santo, e como tal, não se permite manchar nem transformar em covil de salteadores. Quem ouve a voz de Cristo, por Sua influência, intercede e age em prol das pessoas (ovelhas ou não). Quem é influenciado por Cristo não busca com exclusividade os próprios interesses; não é perfeito, mas vive em constante transformação. “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor”.

27 – O Senhor nos ensina por intermédio de Sua Palavra que o cristão deve estar sempre firme na Rocha. O cristão não pode nem deve ser vacilante. Ele não deve ser uma “Maria vai com as outras”, isto é, não deve deixar de ter firmeza em suas decisões, não deve se deixar influenciar por ações inconvenientes. O cristão precisa ter certeza quanto à sua própria salvação, deve estar convicto de que Jesus Cristo é o único Salvador, que sem Ele não há qualquer possibilidade de se chegar à presença do Pai em condição de santidade. O servo de Cristo deve ter como meta seguir sempre os Seus ensinamentos, não pode titubear, principalmente quando se trata das decisões relativas à perpetuação de sua alma. A firmeza que o cristão deve ter diante de suas decisões é mais um dos motivos pelo qual o verdadeiro cristão deve conhecer perfeitamente a vontade de Deus, pois, conhecendo-se a Sua vontade, “apossa-se” da mente de Cristo, a única que é perfeita, a qual ninguém pode convencer nem induzir à prática do pecado. “Quem dentre vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes? Quem é de Deus escuta as palavras de Deus...”.

28 – Aquele que toma a acertada decisão de seguir corretamente os ensinamentos de Cristo certamente será alvo de observação. Será copiado, invejado, escarnecido, criticado e até desdenhado. Mas todos notarão a transformação que o Espírito de Cristo fará na vida de um cristão sincero. Consequentemente, essa nova criatura (assim o Pai o considera), tornar-se-á um líder de pequenos ou de grandes grupos. Todavia, é necessário muito cuidado no sentido de se evitar que a vaidade e a arrogância “subam à cabeça”. O cristão não deve ser líder por conveniência, não pode de forma alguma desejar ser um líder para ser superior aos seus irmãos nem para conquistar um objetivo pessoal. A transformação que Cristo faz em sua vida deve ser para servir ao seu irmão, pois servir a Cristo é servir ao próximo. O Senhor doou a Sua própria vida e, portanto, aquele que deseja segui-Lo deve imitá-Lo. “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou. Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes”.

29 – Em hipótese alguma devemos minimizar Jesus Cristo. É tolice não procurar entender quem Ele é. O nosso Senhor Jesus Cristo não é somente um profeta, não é apenas um mero filósofo, tampouco um simples psicólogo. O nosso Mestre não é um mestre qualquer, pois aos doze anos Ele já ensinava aos doutores. O Filho de Deus não é um casual milagreiro, mas Alguém que fala diretamente ao Pai, e o Pai O atende. Cristo não é uma pessoa especial que nos ensina a viver, mas é o Criador que veio a este mundo criado mostrar às Suas criaturas quem verdadeiramente é e o que espera delas. Jesus Cristo não é um ser criado, mas o próprio Criador do universo, o Deus que se fez homem para que pudéssemos compreendê-Lo, é o Deus-homem que deu Sua própria vida em resgate de muitos. O nosso Salvador é tudo isso e muito mais; não é um ser iluminado, como pensam alguns, mas é a própria Luz do mundo. “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas”.

30 – As pessoas comumente buscam a Cristo por diversas razões. Quase sempre querem mudar de vida; o que não é errado. Todavia, muitos têm em mente o desejo de obter prosperidade, ou precisam de alguma cura para o corpo, ou desejam recuperar a harmonia familiar, ou reconquistar um grande amor... De fato, as motivações são muitas e quase todas recheadas de anseios egoístas. Entretanto, o nosso Deus veio a este mundo com um único objetivo, a saber, livrar o homem da condenação eterna, salvando-o para Sua própria adoração e glorificação. Assim sendo, aquele que vem a Cristo deve examinar muito bem suas motivações, procurando harmonizá-las consoante a vontade de Deus e o objetivo real da entrega de Seu Filho, sem jamais esquecer que Ele vai voltar. “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras”.

31 – Quando as pessoas, equivocadamente, esperam por algo que Deus julga como irrelevante, elas acabam por sofrer desilusão. Esperar por coisas que o Senhor sabe que não nos convém, que não nos trará boas consequências, não é uma decisão sábia. O ideal seria pedirmos e aguardarmos por algo que o Senhor sabe que nos trará bons resultados, tanto no âmbito físico como no espiritual. Mas não dispomos dessa informação. Daí surge uma questão: o que devemos pedir a Deus, se nós não somos oniscientes, se jamais poderemos contemplar Sua plena visão, se nunca saberemos sequer o que nos ocorrerá no dia seguinte? É verdade. Por isso, jamais deveremos negociar com Deus, mas devemos lutar contra a cobiça, porque esta nos faz sentir inveja dos que prosperam. O correto seria entregarmos o nosso caminho ao Senhor. “Descansa no SENHOR, e espera nele; não te indignes por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa astutos intentos. Deixa a ira, e abandona o furor; não te indignes de forma alguma para fazer o mal. Porque os malfeitores serão desarraigados; mas aqueles que esperam no SENHOR herdarão a terra”.

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