AMAS-ME? – João 21:15


Para melhor compreensão deste texto, sugerimos que, após sua leitura, faça uma visita no blog Belverede, pois esta mensagem surgiu graças ao comentário original feito naquela página.

Concordo com o seu resumo sobre a vocação do pastor, ali postado. Digo que é um resumo, porque considero que esse assunto é muito amplo. Há muitas considerações que devem ser argumentadas; em vista disso, seria ideal que várias pessoas dessem suas contribuições. De fato, hoje em dia, pastor que pastoreia é raro. Tenho conhecido pastores que não sabem conduzir nem suas próprias casas, quiçá outras (1Tm 3:4).

O mundo está cheio de problemas, de misérias, de conflitos, de pessoas duvidosas, sofridas, pessoas que pensam que são sem serem. Quem pode orientar e conduzir essas pessoas? São pouquíssimos os que se comprometem com essa missão ordenada por Jesus.

Ser pastor para muitos não passa de título, um título que têm medo de perder, até porque para estes também é um bom emprego. Um emprego de chefe, pois eles se sentem mais viris “mandando” nas outras pessoas, coisa que muitos não conseguiriam em um emprego convencional. Falo isso com conhecimento de causa, pois conheci um “pastor” que teme perder sua liderança, prefere prejudicar o crescimento do Reino que perder sua “autoridade”. Descobri isso ao conversarmos sobre reuniões grupais tipo “células” ou PG (pequenos grupos), e depois, infelizmente, pude comprovar essa primeira impressão com outras atitudes demonstradas.

Não desejo desmerecer essa nobre função, sei que ainda existem pastores vocacionados, pessoas que se preocupam em agradar a Deus, mas também em agradar as pessoas, as quais são a meta do plano de salvação do Senhor. Não há como agradar a Deus, desagradando aos homens, alvo do amor divino (1Jo 4:20). O fato de sabermos que nunca conseguiremos agradar a todas as pessoas não é motivo para desdenhá-las.

Como bem colocado no site acima mencionado, o pregador anuncia o plano divino da salvação e edifica as almas, mas não deve parar por aí, ele tem que tratá-las. Não é com o mero anúncio da Palavra de Deus que cumprimos o papel de pastor. Assim como não é por fazer promessas de campanhas nos palanques que os políticos cumprem seus compromissos com os eleitores. Ser pastor é algo mais profundo, há uma responsabilidade maior, o pastor deve, a exemplo de Jesus Cristo, buscar o Seu amor incondicional, e sacrificar a própria vida em prol das ovelhas.

No entanto, infelizmente, o que se vê é o contrário, notam-se indivíduos que se dizem pastores sacrificando a vida de suas “ovelhas” (parecem mais burros de carga) para satisfazer seus próprios egos. Estão colocando fardos pesados sobre os ombros das pessoas, eles não entram no céu e não permitem que ninguém entre; a história dos fariseus volta a se repetir (Mt 23:2-39).

Portanto, gostaria de convidar os amigos pastores, vocacionados ou não, para uma breve reflexão nesse sentido. Pense no seguinte: estou agradando a Deus, cumprindo o meu papel de apascentar as Suas ovelhas? Se a resposta for sim. Parabéns, servo bom e fiel. Mas se a resposta for negativa. Então pare, pense e arrependa-se, e volte para o lugar de onde caíste (Ap 2:5).

Faço minha a afirmação de NEE*, quando exclama: “Oxalá pudéssemos, todos juntos e cada qual em separado, sacudir de nós mesmos o amor próprio, cor­respondendo afirmativamente ao Senhor segundo Ele nos fosse desafiando, a fim de servi-Lo com exclusivi­dade, visando unicamente os Seus interesses! Se nosso abandono em Suas mãos for completo, então também poderemos experimentar as Suas bênçãos de modo com­pleto”.

Que o Senhor nos abençoe e nos guarde.
Monteiro

* NEE, Watchman. O Obreiro Cristão Normal. São José dos Campos: Fiel, 200l. p. 67.


Um comentário:

  1. Parabéns pelas postagens e pelo seu blog, ele é uma bênção! Obrigada por visitar meu blog. Deus o abençoe!

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