Se pararmos para
analisar as características mais marcantes do cristianismo antigo, poderão
surgir em nossas mentes os seguintes questionamentos: Por que o cristianismo
antigo despertava, e ainda desperta, tanta simpatia? Quais seriam os
comportamentos das igrejas cristãs da atualidade que as faria se aproximar do
cristianismo antigo? Quais seriam as atitudes das igrejas cristãs da atualidade
que as faria se distanciar das características do cristianismo antigo?
Não é fácil generalizar
as características comportamentais dessas duas fases ou períodos do
cristianismo histórico, haja vista que tanto naquela época como na atualidade
existiram e sempre existirão pessoas que destoam do conjunto, quer seja para
mais ou para menos, ou melhor, haverá sempre indivíduos que se destacam de
forma positiva ou negativa, não importa onde estejam ou quando estejam. Pessoas
compromissadas e descompromissadas sempre existiram e sempre existirão. Pessoas
que gostam de levar vantagem em cima da ignorância alheia também não é
novidade.
Hoje em dia os erros
aparecem muito mais que naquela época, e um dos motivos é que a informação
moderna está muito rápida e avançada, o que acontece aqui no Brasil quase que
instantaneamente já se têm notícias do outro lado do mundo, e vice-versa. Mas
nos primórdios da igreja não era assim, os erros eram mais camuflados, por
assim dizer; mesmo assim, têm-se notícias de algumas mazelas praticadas por
alguns de nossos irmãos legítimos e também por falsos irmãos.
Infelizmente o que as
igrejas mais têm são características que as fazem afastar do comportamento
apresentado pelas igrejas primitivas, falta testemunho de vida, falta
compromisso com Deus, com Sua palavra e com as almas perdidas. A situação fica
mais crítica ainda quando aparece uma igreja que usa o evangelho da forma que
lhe interessa e que melhor lhe convém, visando prosperidade e praticando
cerimoniais com liturgias evangélicas, católicas e espíritas. No entanto, seu
líder não quer ser identificado com nenhum desses grupos, ele prefere ser
chamado de outra coisa. E o que acontece é que a influente mídia e a população
não querem saber se essa igreja é ou não uma instituição evangélica, e assim, o
evangelho de Nosso Senhor e Salvador segue sendo escandalizado. A situação se
torna pior ainda quando igrejas respeitáveis e de tradição começam a copiar
procedimentos de ditas igrejas.
Para que as igrejas
modernas se aproximassem do cristianismo da igreja primitiva, elas teriam que
de fato viver aquilo que pregam, e quando pregam. Digo isso porque muitas
igrejas esqueceram-se por completo do verdadeiro evangelho de Cristo, vivem
como clube ou associação de pessoas de boa vontade entre si, onde suas ações
estão voltadas única e exclusivamente para o público interno. Essas comunidades
se esquecem que outras pessoas necessitam da compaixão de Cristo, a qual só
chegará a elas se os cristãos deixarem suas associações internas para
encontrá-las e resgatá-las.
Graças a Deus que ainda
existem algumas exceções a essa regra, ainda há igrejas que procuram atuar consideravelmente
na evangelização. Embora algumas delas não visem com exclusividade às almas
perdidas, mas, em muitos casos, visam unicamente o sucesso de seus ministérios.
Mas o que se há de fazer? Não importa com que intenção estão anunciando a Jesus
Cristo, o importante é que o Salvador seja difundido aos quatro cantos da
Terra. Como disse Paulo aos Filipenses: “Mas que importa? Contanto que, de toda
maneira, ou por pretexto ou de verdade, Cristo seja anunciado, nisto me regozijo,
sim, e me regozijarei”.
Que Deus nos abençoe.
Monteiro
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