CONTROLADOS PELO ESPÍRITO - Rm 8.9,10




“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça”.

O apóstolo Paulo, escrevendo à igreja de Roma, leva aquele povo a meditar na condição em que o verdadeiro cristão deve andar, isto é, o cristão deve mortificar a carne e viver controlado pelo Espírito Santo de Deus. Quando o Espírito Santo habita abundantemente no crente não há lugar para o pecado. Cristo nunca pecou porque estava sempre cheio do Espírito Santo, e o cristão não deve ser diferente, ele deve esvaziar-se de si mesmo, de seus desejos carnais, para ser cheio do Espírito. O cristão deve glorificar a Deus diariamente, alimentando-se de Sua Palavra e buscando comunhão com o Pai através da oração e outros tipos de louvor e adoração. Não deve esquecer que a comunhão com os irmãos também é uma forma de adorar e glorificar a Deus.

A proposta desta mensagem é primeiramente mostrar evidências bíblicas que comprovem a vida prática do cristão, os quais não devem viver na prática do pecado. Depois, deseja-se levantar questões que nos levem a meditar na triste situação em que estão vivendo muitos cristãos hoje em dia, quero dizer, muitos cristãos estão causando escândalos perante a sociedade, e o que é pior, muitas das vezes sem sequer sentirem culpa. Por que tantos cristãos estão pecando deliberadamente? Seria em razão da atual fase “evoluída” que supostamente o mundo está vivendo? Ou será que eles não são de fato convertidos? Ou será que eles não são verdadeiramente controlados pelo Espírito? “Aquele que é nascido da carne é carne, mas o que é nascido do Espírito é espírito” (Jo 3:6).

O mundo vai de mal a pior. As pessoas estão iludidas com o progresso e com o avanço da tecnologia. O mundo está produzindo cada vez mais pessoas que se julgam independentes, pessoas que não querem saber de Deus, e ao mesmo tempo, nota-se uma grande massa deprimida, debilitada que como último recurso procura ajuda nas igrejas, mas raramente buscam ajuda naquele que realmente compreende cada situação e pode ajudar. Com isso, algumas igrejas, se não a maioria, não prega mais a salvação em e por Cristo Jesus, mas induz o homem a buscar prosperidade e soluções para seus problemas imediatos. Então o que vemos hoje são igrejas repletas de pessoas que se dizem evangélicas, mas que na verdade não conheceram ainda a pregação das boas novas de salvação. Por isso há muitos cristãos doentes, imaturos, que vivem na prática do pecado, porque ainda não tiveram um encontro real com o Salvador. Deus não está interessado em encher prédios, Ele deseja encher os céus. E Ele preferiu realizar esta tarefa enchendo o crente com Seu poder. Cabe, portanto, aos salvos em Cristo Jesus buscar esse poder, esquivando-se e resistindo às suas concupiscências, de seus primitivos e sempre atuais desejos carnais. 

“Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus” (Rm 8:8). Ser amigo da carne é andar conforme a carne, viver segundo a própria concupiscência, realizando os desejos carnais, é ser amigo do pecado, portanto, é praticá-lo. Como pode o homem querer satisfazer os desejos imorais da carne e se considerar um salvo? Isto seria uma contradição, pois, como já citado, quem é nascido da carne é carne. Para agradar a Deus é necessário nascer do Espírito, pois “... aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3:3). Jesus também disse que “aquele que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á” (Mt 16:25). Não vale a pena abrir mão da vida eterna em troca de prazeres momentâneos oferecidos por esta vida transitória. 

“Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz” (Rm 8:6). Da mesma forma que Deus propôs através de Moisés ao povo de Israel em Dt 30:19 para que escolhessem a vida e não a morte, o apóstolo Paulo orienta aos romanos, e consequentemente aos cristãos de hoje, que não se inclinem para a carne, ou seja, para a morte. A Bíblia nos orienta a buscarmos viver inclinados às coisas do Espírito, porque nele há vida e paz em abundância. A paz que Jesus nos dá não é a paz que o mundo oferece (Jo 14:27), mas é verdadeira paz, com gozo eterno, a paz que somente os salvos têm acesso por intermédio da fé salvífica em Jesus Cristo, quando há uma real conversão e consecutiva transformação. 

“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2). Não adianta fingir uma conversão. Há muitos crentes de conveniências que estão infiltrados nas igrejas como joio em meio ao trigo (Mt 13:30) em busca de propósitos alheios ao fim pelo qual a igreja existe, os quais ainda não tiveram devidamente suas mentes, corações e atitudes transformados. Que fazer com essas pessoas? Nada (ou melhor, tudo). Primeiro, porque não sabemos quem são elas, só Deus as conhece. Segundo, Jesus permite que cresçam todos juntos. É Ele quem vai fazer a separação entre os verdadeiros cristãos e os falsos. Em terceiro lugar, devemos orar por essas pessoas para que se convertam de verdade. Raciocinando humanamente, não se vê possibilidade de um joio ser transformado em trigo, mas para Deus nada é impossível (Mt 19:26). Essas pessoas devem aprender a repudiar a prática do pecado, porque quem é de Deus não peca. 

“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca” (1Jo 5:18). Agora você pode estar pensando: então, se for assim, ninguém é de Deus, porque todos pecam, é impossível não pecar. O que João está dizendo é que os salvos aborrecem o pecado, eles não vivem na prática do pecado. Pecar significa errar o alvo. O crente fiel quando erra o alvo inadvertidamente sente tristeza, arrepende-se de imediato. Mas aquele que tem prazer no pecado deve rever seus conceitos, deve se converter, deve se voltar para Cristo, ser Seu amigo e seguir Seus ensinamentos. Disse Jesus: “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (Jo 15:14).

Jesus quer ver Seu povo santificado, com atitudes que O glorifiquem. Entretanto, infelizmente, dentro das igrejas, existem muitas pessoas que não lutam pela santificação pessoal. É óbvio que esta busca não deixará de trazer muitas lutas para o crente fiel. Se os demônios não conseguiram impedir sua conversão, tentarão impedir sua santificação. Um membro que não procura santificar-se dá vitória a Satanás e causa uma perda ao reino dos céus.

Os pastores gastam mais tempo com crentes mundanos, com problemas de mundanismo na igreja, que com a alimentação espiritual do rebanho. Requer-se visitação, aconselhamento e trato muito cauteloso, devido serem extremamente melindrosos. E o que é mais grave: eles dão mau testemunho e contaminam os demais. Não podemos de forma alguma deixar que a antiga natureza domine nosso ser, por isso, temos que, a todo instante, buscar auxílio no Espírito Santo, o Consolador amado. Afinal, Jesus Cristo não nos deixou órfãos. 

“Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis” (Jo 14:18,19). Jesus nos deu o Seu Espírito. Ele retornou ao céu e nos deixou o Consolador. Esta promessa foi cumprida no Dia de Pentecostes, onde os cristãos que aguardavam a promessa foram cheios do Espírito Santo. Desde então, todos aqueles que creem, e que de fato aceitam o Senhor Jesus como único e suficiente Salvador, são selados pelo mesmo Espírito. Na antiguidade as pessoas marcavam propriedades valiosas com um selo pessoal, assim não haveria dúvidas sobre quem era o proprietário. Quando nos entregamos a Cristo, o Pai coloca Seu selo de propriedade em nós, o Espírito Santo: “o qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações” (2Co 1:22).

É o Espírito de Cristo que habita no crente. Cristo está presente nos cristãos através de Seu Espírito. Também é o Espírito Santo quem edifica a igreja de Cristo conforme os Seus próprios desígnios, e não conforme a vontade humana, os homens são meros instrumentos de operação, o que não quer dizer que não tenham responsabilidades e não sejam amados por Cristo. Se não fôssemos amados, estaríamos órfãos e perdidos. O Pai nos amou de tal maneira, que nos doou Seu precioso Filho; da mesma forma, Jesus ama os Seus discípulos que os outorga Seu Espírito, para guiá-los e livrá-los da lei do pecado e da morte. 

“Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito” (Rm 8:1). Quem nos condenará? Se Cristo nos libertou, nada (nem ninguém) poderá nos condenar (Rm 8:38,39). Estamos livres do laço do passarinheiro. Todos? Não. Somente aqueles que não andam na prática pecaminosa, aqueles que não andam segundo a carne, mas conforme a vontade do Espírito de Deus. Somente aqueles que realmente são novas criaturas, aqueles que tiveram suas vidas transformadas – evidentemente que a transformação para alguns é mais lenta que para outros, depende de vários fatores como compromisso, inteligência, aceitação, força de vontade, propósitos de Deus etc.

Aquele que sente prazer no pecado deve acautelar-se, deve arrepender-se. Portanto, arrependa-se! Você ainda tem tempo de voltar para Cristo. Mas busque-o com amor, não o procure apenas por medo da condenação ou por outro interesse. Pense em tudo que Ele fez por você. Ele se destituiu de toda a Sua glória. Não seja ingrato. Busque-o de coração. Ele quer te dar vida e vida em abundância. Sozinho você nada pode fazer contra o pecado. É interessante observar que mesmo antes da conversão, o Espírito Santo já está agindo na mente e no coração de todo homem. Mas muitos insistem em endurecer seus corações e negam-se a viver para Cristo, perdendo assim, a abundante graça da vida eterna. 

“E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita” (Rm 8.11). O homem sem Cristo está espiritualmente morto. Adão inicialmente tinha vida espiritual, ele jamais morreria. Mas no dia em que pecou, morreu espiritualmente, e só depois de muito tempo ocorreu sua morte física. O mesmo acontece hoje com a descendência adâmica. Para ter vida espiritual o homem precisa de Cristo. Enquanto ele O negar, ou considerá-Lo indiferente, estará morto.

O primeiro Adão pecou e trouxe morte a todos, mas o segundo Adão, que é Cristo, não pecou, foi fiel até a morte, e nele todos somos resgatados, desde que creiamos e procuremos viver em espírito, fugindo do pecado. É por intermédio do novo nascimento que o espírito do homem se torna vivo para Deus e sensível à voz interior do Espírito Santo. Portanto, o cristão verdadeiro não é um pecador que luta para ser salvo, mas um salvo que luta contra o pecado. Tenha isso em mente e procure viver como Cristo, sempre glorificando a Deus. E nunca se esqueça: você não conseguirá sozinho, sempre precisará do Consolador. “... Sem mim, nada podereis fazer” (Jo 15.5).

O desejo do Senhor é que o cristão seja submisso e se deixe controlar por Seu Espírito. Alguns autores partidários da tricotomia sugerem que o corpo faz aquilo que a alma ou o espírito comandam. Quando o homem se deixa dominar pela alma, ou seja, pelas emoções, pelo desejo carnal, ele está em apuros, vive no pecado. Quando, porém, é controlado pelo espírito, ele passa a ser um ser espiritual, o qual passa a agradar a Deus, porque não estará dando vazão ao desejo carnal, mas ao espiritual. É uma teoria interessante. Os dicotomistas não estão longe da verdade bíblica, sugerindo que a alma e o espírito são sinônimos, assim sendo, a parte negativa seria o próprio corpo (a carne). Seja como for, o correto é viver em consonância com o Espírito de Cristo, “porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna” (Gl 6.8). 

“Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos” (2Tm 2.11). O cristão deve morrer para o pecado, deve mortificar sua carne. Esta sugestão é representada pela morte de Cristo na cruz, onde enterramos com Cristo o velho homem; Sua ressurreição dentre os mortos representa que os cristãos são vivificados por Seu Espírito. Se o cristão vive com Cristo e em Cristo, então deve agradá-lo. E não existe forma melhor de agradá-lo que viver pelo Seu Espírito, ligando-se nas coisas espirituais como nova criatura que é. “Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito” (Rm 8.5).

Que são as coisas do Espírito, nas quais devemos estar ligados? É tudo aquilo que interessa a Deus. Enumeremos algumas: (1) Deus quer ser glorificado por Seus filhos; (2) Deus quer ser conhecido pela humanidade perdida; (3) Ele quer salvar a humanidade; (4) Ele deseja que todos os cristãos sejam crentes maduros, que busquem a santificação pessoal; (5) Ele deseja que todo cristão seja evangelista e que trabalhe em prol de Seu reino eterno; (6) Ele deseja que as pessoas sejam gratas e obedientes; (7) Ele deseja que todos sintam o Seu infinito amor. Estes são alguns exemplos, poderíamos continuar enumerando muitos outros desejos do Pai revelados nas Escrituras. Portanto, podemos dizer que seu principal desejo em relação ao homem é que mortifiquemos a carne para vivermos controlados por Seu Espírito. 

“E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração” (Ef 5.18,19). Com o novo nascimento, o homem passa a ser controlado pelo Espírito de Cristo, por isso, passa a compartilhar Sua mente e Suas atitudes, produzindo frutos dignos de arrependimento e o fruto do Espírito. Portanto, assim devem viver aqueles que professam fé inabalável no Senhor e Salvador Jesus Cristo, sendo governado pelo Espírito Santo. Não há como ser controlado pelo Espírito sem mortificar a carne, seria contrariar a Palavra de Deus, qualquer tentativa seria em vão, pois onde há trevas não há luz. Todo cristão deve verdadeiramente ser a luz do mundo (Mt 5.14), deve ser cheio do Espírito onde quer que se encontre. Se na escola, deve fazer o melhor possível, porque ali existem pessoas que precisam de um referencial de vida. Se no local de trabalho idem. Ali sempre existem pessoas que precisam de conselhos, de alguém que as ajude a solucionar seus problemas particulares e familiares. Muitas pessoas chegam à maioridade sem conhecer a Jesus. Assim, precisam de um cristão sensato para conduzi-las a Cristo.

Até no namoro há necessidade de sermos controlados pelo Espírito. Os sensatos pais dos jovens se preocupam com quem seus filhos estão envolvidos. Deus é Pai, portanto, interessa a Ele com quem você está se envolvendo. A Bíblia não se omite em nenhum aspecto da vida do ser humano, por isso, não iria deixar de lado a questão do namoro. Na verdade, a escolha de um futuro cônjuge é algo muito sério, podemos classificá-la como uma das coisas mais importantes da vida. A mais conhecida orientação bíblica está em 2Co 6.14, que diz “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?”. Muitas pessoas sofrem porque não souberam obedecer este simples mandamento, isto é, deixaram-se dominar pela carne ao invés de serem controladas pelo Espírito.

Na família nem se fala! Você já parou para pensar quantos problemas os casais enfrentam quase que diariamente? Imagine se todos os problemas fossem resolvidos de forma carnal, sem a ajuda de Deus. Muitos fazem isso, mas acabam por trazer mais problemas para somar com os que já existem. Não é verdade que os cristãos são imunes aos problemas, entretanto afirmamos que muitos conflitos seriam facilmente solucionados se os casais agissem controlados pelo Espírito, se dialogassem entre si e orassem a Deus pedindo ajuda para resolvê-los.

Seria ótimo se todos se comportassem em todos os lugares como se comportam na igreja. Mas infelizmente muita gente boa só se controla na igreja. A verdade é que pessoas assim são autocontroladas, elas se controlam quando querem. Porque, na realidade, elas não são controladas pelo Espírito, pois quando uma pessoa é cheia do Espírito, ela é controlada em qualquer situação e lugar em que se encontre. Portanto, faz-se necessária muita atenção, já que este é um compromisso muito sério perante Cristo, afinal foi Ele quem nos libertou. 

“Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne, para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.2-4). É interessante tornar a enfatizar que o Espírito Santo está com as pessoas mesmo antes delas se converterem, dando discernimento, pois é Ele quem convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo. A lei em si mesma é insuficiente, já que ao mesmo tempo em que ela nos ensina o que devemos fazer, ela não contém em si mesma a capacidade de nos ajudar a observá-la. Sem o Espírito Santo ainda estaríamos perdidos e escravizados ao pecado. 

Aqueles que são guiados pelo Espírito são filhos de Deus. Portanto, é necessário se esvaziar para ser cheio do Espírito. Enquanto o homem colocar o seu “eu” diante das coisas que são do Espírito, ele continuará vazio. Deus não divide a Sua glória, somente a Ele deve ser dada toda honra e toda a glória. O crente que não compreender esta afirmação continuará vazio, poderá até ter seus momentos de êxtases, mas será mera emoção. O Senhor deseja dar mais que emoção aos Seus filhos, Ele quer transbordá-los com Seu Espírito. 

Assim como Jesus venceu as tentações, os cristãos também podem obter vitória sobre sua carne, pois o mesmo Espírito que transbordava em Cristo ainda está disponível para todos. Certos críticos dizem que Jesus nunca pecou porque era Deus, mas preste atenção neste exemplo: algumas casas da área rural têm uma porta principal bem sólida, protegida por uma tela também bastante resistente. Quando o tempo está bom, deixa-se apenas a porta de tela fechada, permitindo a entrada do ar fresco, mas não dos insetos. Porém, se a porta principal ficar fechada e a de tela aberta, nem assim os insetos conseguiriam invadir o interior da casa. Em outras palavras, se a tentação ameaçasse a divindade de Cristo, Ele não pecaria, pois é Deus. No entanto, como vemos em Lc 4.1-13, a tentação jamais chegou à segunda porta, sólida e hermeticamente fechada. A porta de tela, figura do Espírito Santo, a repeliu primeiro. A verdade fantástica a ser considerada é que Cristo não resistiu à tentação por ser Deus, mas porque era controlado pelo Espírito Santo. Ele resistiu pelo mesmo poder disponível para todo crente - o Espírito Santo. Jesus foi tentado exatamente como somos e resistiu assim como nós também podemos resistir se estivermos cheios do Espírito. 

Você já resistiu tantas vezes à tentação! E por que não continuar resistindo? Não se esqueça de que o pecado nem sempre acontece por acaso. Ele nasce no coração devido aos desejos carnais, então passa a ser alimentado até ser definitivamente consumado (Tg 1:14-15). Se você cometeu algum pecado e está arrependido, então leia 1 Jo 2:1.

Que Deus nos abençoe e nos guarde
Monteiro

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