“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça”.
O apóstolo
Paulo, escrevendo à igreja de Roma, leva aquele povo a meditar na condição em
que o verdadeiro cristão deve andar, isto é, o cristão deve mortificar a carne
e viver controlado pelo Espírito Santo de Deus. Quando o Espírito Santo habita
abundantemente no crente não há lugar para o pecado. Cristo nunca pecou porque
estava sempre cheio do Espírito Santo, e o cristão não deve ser diferente, ele
deve esvaziar-se de si mesmo, de seus desejos carnais, para ser cheio do
Espírito. O cristão deve glorificar a Deus diariamente, alimentando-se de Sua
Palavra e buscando comunhão com o Pai através da oração e outros tipos de
louvor e adoração. Não deve esquecer que a comunhão com os irmãos também é uma
forma de adorar e glorificar a Deus.
A proposta
desta mensagem é primeiramente mostrar evidências bíblicas que comprovem a vida
prática do cristão, os quais não devem viver na prática do pecado. Depois,
deseja-se levantar questões que nos levem a meditar na triste situação em que
estão vivendo muitos cristãos hoje em dia, quero dizer, muitos cristãos estão
causando escândalos perante a sociedade, e o que é pior, muitas das vezes sem sequer
sentirem culpa. Por que tantos cristãos estão pecando deliberadamente? Seria em
razão da atual fase “evoluída” que supostamente o mundo está vivendo? Ou será
que eles não são de fato convertidos? Ou será que eles não são verdadeiramente
controlados pelo Espírito? “Aquele que é nascido da carne é carne, mas o que é
nascido do Espírito é espírito” (Jo 3:6).
O mundo vai
de mal a pior. As pessoas estão iludidas com o progresso e com o avanço da
tecnologia. O mundo está produzindo cada vez mais pessoas que se julgam
independentes, pessoas que não querem saber de Deus, e ao mesmo tempo, nota-se
uma grande massa deprimida, debilitada que como último recurso procura ajuda
nas igrejas, mas raramente buscam ajuda naquele que realmente compreende cada
situação e pode ajudar. Com isso, algumas igrejas, se não a maioria, não prega
mais a salvação em e por Cristo Jesus, mas induz o homem a buscar prosperidade
e soluções para seus problemas imediatos. Então o que vemos hoje são igrejas
repletas de pessoas que se dizem evangélicas, mas que na verdade não conheceram
ainda a pregação das boas novas de salvação. Por isso há muitos cristãos
doentes, imaturos, que vivem na prática do pecado, porque ainda não tiveram um
encontro real com o Salvador. Deus não está interessado em encher prédios,
Ele deseja encher os céus. E Ele preferiu realizar esta tarefa enchendo o
crente com Seu poder. Cabe, portanto, aos salvos em Cristo Jesus buscar esse
poder, esquivando-se e resistindo às suas concupiscências, de seus primitivos e
sempre atuais desejos carnais.
“Portanto,
os que estão na carne não podem agradar a Deus” (Rm 8:8). Ser amigo
da carne é andar conforme a carne, viver segundo a própria concupiscência,
realizando os desejos carnais, é ser amigo do pecado, portanto, é praticá-lo.
Como pode o homem querer satisfazer os desejos imorais da carne e se considerar
um salvo? Isto seria uma contradição, pois, como já citado, quem é nascido da
carne é carne. Para agradar a Deus é necessário nascer do Espírito, pois
“... aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3:3).
Jesus também disse que “aquele que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, e quem
perder a sua vida por amor de mim achá-la-á” (Mt 16:25). Não vale a pena abrir
mão da vida eterna em troca de prazeres momentâneos oferecidos por esta vida
transitória.
“Porque a
inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz” (Rm 8:6). Da
mesma forma que Deus propôs através de Moisés ao povo de Israel em Dt 30:19
para que escolhessem a vida e não a morte, o apóstolo Paulo orienta aos
romanos, e consequentemente aos cristãos de hoje, que não se inclinem para a
carne, ou seja, para a morte. A Bíblia nos orienta a buscarmos viver inclinados
às coisas do Espírito, porque nele há vida e paz em abundância. A paz que Jesus
nos dá não é a paz que o mundo oferece (Jo 14:27), mas é verdadeira paz, com
gozo eterno, a paz que somente os salvos têm acesso por intermédio da fé
salvífica em Jesus Cristo, quando há uma real conversão e consecutiva
transformação.
“E não vos
conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso
entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus” (Rm 12:2). Não adianta fingir uma conversão. Há muitos
crentes de conveniências que estão infiltrados nas igrejas como joio em meio ao
trigo (Mt 13:30) em busca de propósitos alheios ao fim pelo qual a igreja
existe, os quais ainda não tiveram devidamente suas mentes, corações e atitudes
transformados. Que fazer com essas pessoas? Nada (ou melhor, tudo). Primeiro,
porque não sabemos quem são elas, só Deus as conhece. Segundo, Jesus permite
que cresçam todos juntos. É Ele quem vai fazer a separação entre os verdadeiros
cristãos e os falsos. Em terceiro lugar, devemos orar por essas pessoas para
que se convertam de verdade. Raciocinando humanamente, não se vê possibilidade
de um joio ser transformado em trigo, mas para Deus nada é impossível (Mt 19:26).
Essas pessoas devem aprender a repudiar a prática do pecado, porque quem é de
Deus não peca.
“Sabemos que
todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado
conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca” (1Jo 5:18). Agora você
pode estar pensando: então, se for assim, ninguém é de Deus, porque todos
pecam, é impossível não pecar. O que João está dizendo é que os salvos
aborrecem o pecado, eles não vivem na prática do pecado. Pecar significa errar
o alvo. O crente fiel quando erra o alvo inadvertidamente sente tristeza,
arrepende-se de imediato. Mas aquele que tem prazer no pecado deve rever seus
conceitos, deve se converter, deve se voltar para Cristo, ser Seu amigo e
seguir Seus ensinamentos. Disse Jesus: “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o
que eu vos mando” (Jo 15:14).
Jesus quer
ver Seu povo santificado, com atitudes que O glorifiquem. Entretanto,
infelizmente, dentro das igrejas, existem muitas pessoas que não lutam pela
santificação pessoal. É óbvio que esta busca não deixará de trazer muitas
lutas para o crente fiel. Se os demônios não conseguiram impedir sua conversão,
tentarão impedir sua santificação. Um membro que não procura santificar-se dá
vitória a Satanás e causa uma perda ao reino dos céus.
Os pastores
gastam mais tempo com crentes mundanos, com problemas de mundanismo na igreja,
que com a alimentação espiritual do rebanho. Requer-se visitação,
aconselhamento e trato muito cauteloso, devido serem extremamente melindrosos.
E o que é mais grave: eles dão mau testemunho e contaminam os demais. Não
podemos de forma alguma deixar que a antiga natureza domine nosso ser, por
isso, temos que, a todo instante, buscar auxílio no Espírito Santo, o
Consolador amado. Afinal, Jesus Cristo não nos deixou órfãos.
“Não vos
deixarei órfãos; voltarei para vós. Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais,
mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis” (Jo 14:18,19). Jesus
nos deu o Seu Espírito. Ele retornou ao céu e nos deixou o Consolador. Esta
promessa foi cumprida no Dia de Pentecostes, onde os cristãos que aguardavam a
promessa foram cheios do Espírito Santo. Desde então, todos aqueles que creem,
e que de fato aceitam o Senhor Jesus como único e suficiente Salvador, são
selados pelo mesmo Espírito. Na antiguidade as pessoas marcavam
propriedades valiosas com um selo pessoal, assim não haveria dúvidas sobre quem
era o proprietário. Quando nos entregamos a Cristo, o Pai coloca Seu selo de
propriedade em nós, o Espírito Santo: “o qual também nos selou e deu o penhor
do Espírito em nossos corações” (2Co 1:22).
É o Espírito
de Cristo que habita no crente. Cristo está presente nos cristãos através de
Seu Espírito. Também é o Espírito Santo quem edifica a igreja de Cristo
conforme os Seus próprios desígnios, e não conforme a vontade humana, os homens
são meros instrumentos de operação, o que não quer dizer que não tenham responsabilidades
e não sejam amados por Cristo. Se não fôssemos amados, estaríamos órfãos e
perdidos. O Pai nos amou de tal maneira, que nos doou Seu precioso Filho; da
mesma forma, Jesus ama os Seus discípulos que os outorga Seu Espírito, para
guiá-los e livrá-los da lei do pecado e da morte.
“Portanto,
agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam
segundo a carne, mas segundo o espírito” (Rm 8:1). Quem nos condenará? Se
Cristo nos libertou, nada (nem ninguém) poderá nos condenar (Rm 8:38,39).
Estamos livres do laço do passarinheiro. Todos? Não. Somente aqueles que não
andam na prática pecaminosa, aqueles que não andam segundo a carne, mas
conforme a vontade do Espírito de Deus. Somente aqueles que realmente são novas
criaturas, aqueles que tiveram suas vidas transformadas – evidentemente que a
transformação para alguns é mais lenta que para outros, depende de vários
fatores como compromisso, inteligência, aceitação, força de vontade, propósitos
de Deus etc.
Aquele que
sente prazer no pecado deve acautelar-se, deve arrepender-se. Portanto,
arrependa-se! Você ainda tem tempo de voltar para Cristo. Mas busque-o com
amor, não o procure apenas por medo da condenação ou por outro interesse. Pense
em tudo que Ele fez por você. Ele se destituiu de toda a Sua glória. Não seja
ingrato. Busque-o de coração. Ele quer te dar vida e vida em abundância.
Sozinho você nada pode fazer contra o pecado. É interessante observar que mesmo
antes da conversão, o Espírito Santo já está agindo na mente e no coração de
todo homem. Mas muitos insistem em endurecer seus corações e negam-se a viver
para Cristo, perdendo assim, a abundante graça da vida eterna.
“E, se o
Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que
dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo
seu Espírito que em vós habita” (Rm 8.11). O homem sem Cristo está espiritualmente
morto. Adão inicialmente tinha vida espiritual, ele jamais morreria. Mas no dia
em que pecou, morreu espiritualmente, e só depois de muito tempo ocorreu sua
morte física. O mesmo acontece hoje com a descendência adâmica. Para ter vida
espiritual o homem precisa de Cristo. Enquanto ele O negar, ou considerá-Lo
indiferente, estará morto.
O primeiro
Adão pecou e trouxe morte a todos, mas o segundo Adão, que é Cristo, não pecou,
foi fiel até a morte, e nele todos somos resgatados, desde que creiamos e
procuremos viver em espírito, fugindo do pecado. É por intermédio do novo
nascimento que o espírito do homem se torna vivo para Deus e sensível à voz
interior do Espírito Santo. Portanto, o cristão verdadeiro não é um pecador que
luta para ser salvo, mas um salvo que luta contra o pecado. Tenha isso em mente
e procure viver como Cristo, sempre glorificando a Deus. E nunca se esqueça:
você não conseguirá sozinho, sempre precisará do Consolador. “... Sem mim, nada
podereis fazer” (Jo 15.5).
O desejo do
Senhor é que o cristão seja submisso e se deixe controlar por Seu Espírito.
Alguns autores partidários da tricotomia sugerem que o corpo faz aquilo que a
alma ou o espírito comandam. Quando o homem se deixa dominar pela alma, ou
seja, pelas emoções, pelo desejo carnal, ele está em apuros, vive no pecado.
Quando, porém, é controlado pelo espírito, ele passa a ser um ser espiritual, o
qual passa a agradar a Deus, porque não estará dando vazão ao desejo carnal,
mas ao espiritual. É uma teoria interessante. Os dicotomistas não estão longe
da verdade bíblica, sugerindo que a alma e o espírito são sinônimos, assim
sendo, a parte negativa seria o próprio corpo (a carne). Seja como for, o
correto é viver em consonância com o Espírito de Cristo, “porque o que
semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito,
do Espírito ceifará a vida eterna” (Gl 6.8).
“Palavra
fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos” (2Tm
2.11). O cristão deve morrer para o pecado, deve mortificar sua carne.
Esta sugestão é representada pela morte de Cristo na cruz, onde enterramos com
Cristo o velho homem; Sua ressurreição dentre os mortos representa que os
cristãos são vivificados por Seu Espírito. Se o cristão vive com Cristo e em
Cristo, então deve agradá-lo. E não existe forma melhor de agradá-lo que viver
pelo Seu Espírito, ligando-se nas coisas espirituais como nova criatura que
é. “Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne;
mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito” (Rm 8.5).
Que são as
coisas do Espírito, nas quais devemos estar ligados? É tudo aquilo que
interessa a Deus. Enumeremos algumas: (1) Deus quer ser glorificado por Seus
filhos; (2) Deus quer ser conhecido pela humanidade perdida; (3) Ele quer
salvar a humanidade; (4) Ele deseja que todos os cristãos sejam crentes
maduros, que busquem a santificação pessoal; (5) Ele deseja que todo cristão
seja evangelista e que trabalhe em prol de Seu reino eterno; (6) Ele deseja que
as pessoas sejam gratas e obedientes; (7) Ele deseja que todos sintam o Seu
infinito amor. Estes são alguns exemplos, poderíamos continuar enumerando
muitos outros desejos do Pai revelados nas Escrituras. Portanto, podemos dizer
que seu principal desejo em relação ao homem é que mortifiquemos a carne para
vivermos controlados por Seu Espírito.
“E não vos
embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito, falando
entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando
ao Senhor no vosso coração” (Ef 5.18,19). Com o novo nascimento, o homem
passa a ser controlado pelo Espírito de Cristo, por isso, passa a compartilhar
Sua mente e Suas atitudes, produzindo frutos dignos de arrependimento e o fruto
do Espírito. Portanto, assim devem viver aqueles que professam fé inabalável no
Senhor e Salvador Jesus Cristo, sendo governado pelo Espírito Santo. Não há
como ser controlado pelo Espírito sem mortificar a carne, seria contrariar a
Palavra de Deus, qualquer tentativa seria em vão, pois onde há trevas não há
luz. Todo cristão deve verdadeiramente ser a luz do mundo (Mt 5.14), deve ser
cheio do Espírito onde quer que se encontre. Se na escola, deve fazer o melhor
possível, porque ali existem pessoas que precisam de um referencial de vida. Se
no local de trabalho idem. Ali sempre existem pessoas que precisam de
conselhos, de alguém que as ajude a solucionar seus problemas particulares e
familiares. Muitas pessoas chegam à maioridade sem conhecer a Jesus. Assim,
precisam de um cristão sensato para conduzi-las a Cristo.
Até no
namoro há necessidade de sermos controlados pelo Espírito. Os sensatos pais dos
jovens se preocupam com quem seus filhos estão envolvidos. Deus é Pai,
portanto, interessa a Ele com quem você está se envolvendo. A Bíblia não se
omite em nenhum aspecto da vida do ser humano, por isso, não iria deixar de
lado a questão do namoro. Na verdade, a escolha de um futuro cônjuge é algo muito
sério, podemos classificá-la como uma das coisas mais importantes da vida. A
mais conhecida orientação bíblica está em 2Co 6.14, que diz “Não vos prendais a
um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a
injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?”. Muitas pessoas sofrem
porque não souberam obedecer este simples mandamento, isto é, deixaram-se
dominar pela carne ao invés de serem controladas pelo Espírito.
Na família
nem se fala! Você já parou para pensar quantos problemas os casais enfrentam
quase que diariamente? Imagine se todos os problemas fossem resolvidos de forma
carnal, sem a ajuda de Deus. Muitos fazem isso, mas acabam por trazer mais
problemas para somar com os que já existem. Não é verdade que os cristãos são
imunes aos problemas, entretanto afirmamos que muitos conflitos seriam
facilmente solucionados se os casais agissem controlados pelo Espírito, se
dialogassem entre si e orassem a Deus pedindo ajuda para resolvê-los.
Seria ótimo
se todos se comportassem em todos os lugares como se comportam na igreja. Mas
infelizmente muita gente boa só se controla na igreja. A verdade é que pessoas
assim são autocontroladas, elas se controlam quando querem. Porque, na
realidade, elas não são controladas pelo Espírito, pois quando uma pessoa é
cheia do Espírito, ela é controlada em qualquer situação e lugar em que se
encontre. Portanto, faz-se necessária muita atenção, já que este é um
compromisso muito sério perante Cristo, afinal foi Ele quem nos libertou.
“Porque a
lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da
morte. Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela
carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado
condenou o pecado na carne, para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que
não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.2-4). É
interessante tornar a enfatizar que o Espírito Santo está com as pessoas mesmo
antes delas se converterem, dando discernimento, pois é Ele quem convence o
mundo do pecado, da justiça e do juízo. A lei em si mesma é insuficiente, já
que ao mesmo tempo em que ela nos ensina o que devemos fazer, ela não contém em
si mesma a capacidade de nos ajudar a observá-la. Sem o Espírito Santo ainda
estaríamos perdidos e escravizados ao pecado.
Aqueles que
são guiados pelo Espírito são filhos de Deus. Portanto, é necessário se
esvaziar para ser cheio do Espírito. Enquanto o homem colocar o seu “eu” diante
das coisas que são do Espírito, ele continuará vazio. Deus não divide a Sua
glória, somente a Ele deve ser dada toda honra e toda a glória. O crente que
não compreender esta afirmação continuará vazio, poderá até ter seus momentos
de êxtases, mas será mera emoção. O Senhor deseja dar mais que emoção aos Seus
filhos, Ele quer transbordá-los com Seu Espírito.
Assim como
Jesus venceu as tentações, os cristãos também podem obter vitória sobre sua
carne, pois o mesmo Espírito que transbordava em Cristo ainda está disponível
para todos. Certos críticos dizem que Jesus nunca pecou porque era Deus, mas
preste atenção neste exemplo: algumas casas da área rural têm uma porta
principal bem sólida, protegida por uma tela também bastante resistente. Quando
o tempo está bom, deixa-se apenas a porta de tela fechada, permitindo a entrada
do ar fresco, mas não dos insetos. Porém, se a porta principal ficar fechada e
a de tela aberta, nem assim os insetos conseguiriam invadir o interior da casa.
Em outras palavras, se a tentação ameaçasse a divindade de Cristo, Ele não
pecaria, pois é Deus. No entanto, como vemos em Lc 4.1-13, a tentação jamais
chegou à segunda porta, sólida e hermeticamente fechada. A porta de tela,
figura do Espírito Santo, a repeliu primeiro. A verdade fantástica a ser
considerada é que Cristo não resistiu à tentação por ser Deus, mas porque era
controlado pelo Espírito Santo. Ele resistiu pelo mesmo poder disponível para
todo crente - o Espírito Santo. Jesus foi tentado exatamente como somos e
resistiu assim como nós também podemos resistir se estivermos cheios do
Espírito.
Você já
resistiu tantas vezes à tentação! E por que não continuar resistindo? Não se esqueça
de que o pecado nem sempre acontece por acaso. Ele nasce no coração devido aos
desejos carnais, então passa a ser alimentado até ser definitivamente consumado
(Tg 1:14-15). Se você cometeu algum pecado e está arrependido, então leia 1 Jo
2:1.
Que Deus nos
abençoe e nos guarde
Monteiro
mensagem maravilhosa!! Que Deus continue te inspirando!!
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