01 – O Espírito Santo fala conosco constantemente
ao longo de nossos dias. Mas nem sempre estamos preparados para ouvi-Lo com
exatidão. Temos pressentimentos, e pensamos que é apenas impressão, por isso,
não atentamos para essa sensação; ficamos animados com as sugestões dos amigos,
mas nem sempre percebemos Deus usando as pessoas para nos falar tão claramente;
sentimos desejos de colocar em prática ideias que beneficiariam multidões de
pessoas, mas imaginamos que tudo não passa de mera fantasia, ou que não temos
capacidade, como se Deus não nos capacitasse quando quer que façamos algo;
fazemos leituras sistemáticas da Bíblia, pois esta é divinamente inspirada, e
proveitosa para ensinar, redarguir, corrigir e instruir em justiça, mas não nos
atemos completamente aos seus ensinos, quando muito, nos emocionamos somente
naquele momento ou por pouco tempo. É necessário que estejamos sintonizados com
Deus. Entretanto, isso raramente acontece, porque estamos, quase sempre, em
outra frequência, e por isso, só ouvimos chiados, a voz de Deus chega
distorcida aos nossos ouvidos. Precisamos urgentemente ouvir o que o Senhor
está nos dizendo, isto é, compreender e colocar em prática. “Quem tem ouvidos
para ouvir, ouça”.
02 – Uma das razões pelas quais permitimos que problemas
do trabalho invadam nossa privacidade é que, inconscientemente, sempre estamos
competindo ao invés de estarmos criando e cooperando. A competitividade suga
todas as nossas energias cerebrais. Quando competimos, comparamo-nos, e essa
comparação nos afeta profundamente, principalmente se nos sentirmos
inferiorizados, mas ela nos faz orgulhosos quando estamos por cima. Sentimos
prazer quando a comparação nos favorece. Vencemos algumas competições, mas
continuamos insatisfeitos, irritados, inquietos e emocionalmente vazios.
Felizes são aqueles cujo tempo é precioso para relaxar, encontrar os amigos,
sonhar, amar, cultivar uma planta, beijar os filhos, dialogar e sorrir com
todos. O equilíbrio perfeito está na coesão das equipes, o sucesso é alcançado
quando há cooperação, quando nos empenhamos para que todos atinjam objetivos
comuns, quando não nos importamos com a fama, nem com o sucesso pessoal. Se
simplesmente conseguirmos integrar competitividade com humanismo, de alguma
forma valerá à pena. Em qualquer situação, importa lembrarmo-nos das palavras
de Jesus: “... que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua
alma?”.
03 – Quantos de nós têm tido sonhos gloriosos com a
intenção de curar este mundo de seus males, mas acabamos cansados e desanimados,
tão somente porque nos baseamos apenas em nossas próprias forças? Como temos
nos enganado, pensando que somos capazes por nós mesmos de mudar alguma coisa.
Sonhamos, tentamos, nos amarguramos e por fim desistimos daqueles planos que
“seriam a solução contra o mal”; e, sem percebermos, incluímos neles o mal. Só
então começamos a imaginar e tentamos desvendar quais são os planos de Deus
para nossas vidas, já que não é por acaso que permanecemos aqui. O próprio Deus
esteve aqui em carne e osso, e o que Ele fez? Pensamos, analisamos e
concluímos: Ele tudo consumou. Todavia, poucos O reconhecem. Se fôssemos
deuses, faríamos diferente: os incrédulos creriam por bem ou por mal. Mas nossa
sabedoria limitada nos enfraquece com tantas dúvidas. Resta-nos tão somente o
consolo de confiar plenamente no único Deus que sabe todas as coisas, no único
Deus Onisciente. O qual nos diz: “Não por força nem por violência, mas sim pelo
meu Espírito”. “... Ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a
coisa formada dirá ao que a formou: por que me fizeste assim?”.
04 – Às vezes, procrastinar é necessário. Significa
oportunidade de reexaminar e consertar coisas desagradáveis que experimentamos,
ou que outros tiveram que suportar; fatos que nos causam arrependimento e
desânimo. Entretanto, nem sempre temos tempo para meditações. Há ocasiões, em
nossas jornadas em direção à perfeição, que devemos tomar decisões imediatas,
sem pestanejar; uma vez que a procrastinação indevida também pode causar
consequências desagradáveis e duradouras. Lembremo-nos do caso em que o povo de
Israel iria assumir de uma vez por todas as terras de Canaã. Situação
desagradável em que a maior parte da geração de Israel resolveu seguir o relato
dos incrédulos, e jamais conseguiu ao menos ver a terra prometida. Como
resultado, essa maioria teve que vaguear por quase quarenta anos pelo deserto.
Ainda hoje muitos vivem assim, vagando num deserto, sem espírito de aventura,
impotentes, frios e desesperançados, sem a plenitude do poder de Cristo, sempre
na retranca diante dos desafios, esquecendo-se das promessas anunciadas pelo
próprio Deus: “Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te
espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares”.
05 – Nem sempre são terceiros nem o destino que
bagunçam os nossos melhores planos. Por vezes, o nosso ego é quem põe tudo a
perder, pois é ele quem orienta nossas escolhas, nossas criatividades,
ambições, decisões e ações, almejando sempre o bem mais precioso. O nosso ego nunca
fica satisfeito com a derrota. Esta perturba e transmite sentimento de
incompetência. Por isso, não é fácil controlar o nosso ego, buscando a
dependência de Deus. O apóstolo Paulo nos ensina que devemos sentir prazer na
fraqueza porque ela nos mostra quem realmente somos; disse que quando se sentia
fraco era quando estava mais forte, pois tinha ciência que dependia
inteiramente de Deus. Nossas fraquezas nos previnem contra a arrogância,
mantendo-nos humildes, com o intuito de mantermos o ego controlado. Nossa
limitação age como um controlador que nos impede de agirmos por nós mesmos. “E,
para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um
espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim
de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se
desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se
aperfeiçoa na fraqueza”.
06 – Mesmo que sejamos eleitos “o papa” daquilo que
mais gostamos de fazer, devido aos nossos dons, o mundo jamais poderá nos
conferir o reconhecimento que fará com que nos sintamos realizados. Nós somos
os únicos que podemos ficar orgulhosos conosco mesmos. Portanto,
parabenizemo-nos após cada conquista. E, mais importante, não nos esqueçamos de
ser gratos a Deus, pois é Ele mesmo quem nos capacita. Lógico que existem
pessoas que sabem reconhecer os nossos méritos e o bem recebido. Mas a
ingratidão generalizada é um mal que assola a humanidade. Devido à ingratidão
muitos têm prejudicado a si mesmos e aos outros. Nem mesmo o Filho de Deus
escapou da ingratidão humana. Jesus sentiu-a na pele, quando preferiram
libertar Barrabás em Seu lugar, por ocasião de Seu sacrifício vicário; talvez
os ex-cegos, os ex-mudos e os ex-aleijados que Cristo curou estivessem
presentes naquele triste, porém necessário, episódio. O Salvador não morreu por
nossos pecados para que continuássemos escravos deles, nem nos purificou para
que voltássemos aos antigos hábitos. Ele nos libertou da escravidão do pecado
para que fôssemos uma nova criatura. “... Se alguém está em Cristo, nova
criatura é; [...] eis que tudo se fez novo”.
07 – Quando nos tornamos autênticos, descobrimos
que podemos nos sentir bem melhor do que jamais imaginaríamos. Quantas energias
são gastas desnecessariamente por pessoas que agem com hipocrisia. Tanto
esforço para tão pouco, apenas para manter uma impostura, um fingimento. Não é
nada fácil alimentar as mentiras sem correr o risco de crer nelas como se
verdadeiras fossem. Se as pessoas dissimuladas soubessem como é simples e
saudável zelar pela verdade, se todos colocassem essa orientação divina em
prática, o mundo seria maravilhoso, mas é utópica a ideia de um mundo em que as
pessoas confiam cegamente umas nas outras. A falsidade é daninha, ela
compromete até mesmo a nossa vida pós-morte. Sendo verdadeiros, seguimos o que
é verdadeiro, mas, como seguir a Verdade, sendo hipócritas? Por isso, podemos
concordar que Deus se interessa por pessoas sinceras, sem menosprezar os
inconstantes. A estes, se abrirem seus corações, Deus os transforma em
verdadeiros adoradores. “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros
adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais
que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em
espírito e em verdade”.
08 – Nós possuímos muitas ambições, as quais são
excessivamente maiores que todas as nossas necessidades. E não compreendemos
que o caminho que seguimos pela estrada da vida é como uma escada em espiral.
Estamos sempre prosseguindo, mas normalmente andamos em círculos, e em cada
volta que damos, a visão que temos é um pouco mais ampla, embora nem todos
saibam observar corretamente, então, perdem-se. É possível que nossa maior
ambição esteja centralizada na busca da tão sonhada felicidade. Em tudo que
fazemos a felicidade está sempre envolvida, seja nos prazeres, ou nos ofícios,
ou nas diversões, ou em qualquer outra atividade; tudo tem por fim a
felicidade. É razoável entendermos que devemos ter algo muito sério em nossas mentes:
nunca seremos verdadeiramente felizes, até que façamos do Senhor Jesus Cristo a
fonte e a razão de todas as nossas realizações, bem como a resposta para todos
os nossos questionamentos e anseios. O nosso Salvador é o único que deve
exercer poder absoluto sobre nossas almas sedentas. “O meu Deus, segundo as
suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo
Jesus. Ora, a nosso Deus e Pai seja dada glória para todo o sempre. Amém”.
09 – O homem que faz tudo para manipular os outros,
inclusive pela força da intimidação, o faz porque teme perder a autoridade,
falta-lhe confiança em si próprio. A intimidação muda constantemente de forma,
ela é capaz de adotar diferentes disfarces para controlar as pessoas. Seres
humanos temerosos controlando outros pelo medo e pela intimidação é uma marca
indelével na história da humanidade. Durante a Inquisição, por exemplo,
utilizaram-se dessa estratégia, criando mecanismos de intimidação, coerção e
controle, de impressionante eficácia, que milhares de pessoas jazeram sem
qualquer chance de resistência. Nessa atmosfera, quem, supostamente, tinha o
controle de tudo, tinha também o temor de perder seus poderes e honrarias.
Hoje, em meio à tamanha “evolução”, nada é diferente. São poucas as pessoas que
têm coragem de protestar abertamente contra os sistemas opressores. E estas são
capazes de mover o mundo, pela fé, pois quando faz parte dos planos de Deus,
ninguém pode refrear as ações de Seus pequeninos. Não há “Golias” capaz de
intimidar “um pequeno Davi”, porque este batalha em nome do Senhor. “... Tu
vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu venho a ti em nome
do SENHOR dos Exércitos”.
10 – Erros, falcatruas e corrupções são nítidas em
toda parte. Se olharmos para dentro de nós, concluiremos que não somos
diferentes, notaremos que também somos falhos. Dizem que “cada homem tem o seu
preço”. Constatamos que por toda a história da humanidade até os clérigos têm
cometido escândalos. Iludimo-nos quando imaginamos que as igrejas primitivas eram
perfeitas, que tinham todos os problemas resolvidos. Todavia, esta boa
impressão não condiz com a verdade, pois aquelas igrejas também enfrentavam a
seriedade do pecado e o drama dos homens caídos; as epístolas paulinas não
omitem essa realidade. Mas nossas fraquezas não são motivos para desistência,
porque é em nossas limitações que a glória de Deus se manifesta. Não precisamos
nos atormentar com pensamentos negativos nem com falta de fé, pensando que não
há solução para nossa geração; isto é para incrédulos. Portanto, não nos
esqueçamos que o poder de Deus se aperfeiçoa em nossas fraquezas, haja vista
que as misericórdias do Senhor não dependem de nossa justiça, pois, se
dependesse, estaríamos eternamente perdidos. “Se confessarmos os nossos pecados,
ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a
injustiça”.
11 – Possuímos habilidades natas para fazer da vida
real uma arte, mas aperfeiçoar esse dom é uma tarefa obrigatória, da qual
devemos nos conscientizar e, a partir daí, tomá-la como prioritária. A arte
perfeita é aquela que agrada Aquele que não perde sequer um ato, mesmo aqueles
cujos artistas procuram atuar na obscuridade. Quando escolhemos agradar a Deus,
estamos também, direta ou indiretamente, causando regozijo às pessoas,
principalmente àquelas cujas vidas já foram entregues ao Senhor. Mas as
insensatas, aquelas que não compreendem ou não querem aceitar o plano de
salvação de Deus, mediante a aceitação de Seu Filho, de uma forma ou de outra
serão refreadas. Alegria maior seria se todas tomassem a decisão correta. E a
decisão correta é se acertar com Deus, aceitar Sua oferta, tornando-se um filho
Seu, pedir a Ele sabedoria para viver neste mundo de conflitos e incertezas.
Com a sabedoria que vem do alto é possível perceber com maior nitidez as
corretas e mais sensatas maneiras de atuar. Ser sábio significa saber aplicar
as verdades divinas nas diversas situações que vivenciamos diariamente,
lembrando que nem sempre temos oportunidade de repetir as cenas. “... Nisto conhecemos
nós o espírito da verdade e o espírito do erro”.
12 – Alguns médicos dizem que a masturbação, se não
for interna, não é prejudicial. Psicólogos afirmam que não é patológico, a
menos que seja uma ação compulsiva, ou quando o indivíduo a prefere de modo
exclusivo em detrimento à parceira. Digamos que seja um sintoma, uma dica de um
problema emocional mais profundo, o qual nem sempre é de origem sexual, e
praticada por pessoas insatisfeitas, frustradas, ou mal formadas. Pessoas que
experimentam o autoerotismo – comum na puberdade por indivíduos que não têm o
temor de Deus – terminam por sentirem-se frustradas, culpadas, derrotadas,
abatidas, pois sabem que é um comportamento condenável, um vício
psicopatológico. Como o desejo por satisfação ou realização nunca é totalmente
alcançado, haja vista às fantasias de difícil realização, elas são tentadas a
repetir indefinidamente, virando assim, um círculo vicioso, uma compulsão, pois
quanto mais insatisfação, maior a tentação. A verdade é que o coração de um homem
normal deseja um relacionamento com uma mulher, e vice-versa, o que vale não é
uma simples satisfação pessoal e momentânea, o relacionamento a dois é algo
mais profundo. Por isso há tantas pessoas e até casais insatisfeitos. “Um
abismo chama outro abismo...”.
13 – "O amor deseja nada menos que a nossa
própria felicidade de modo incondicional, sempre buscando em todas as
atividades segurança e realizações". Esta afirmação não retrata uma
assertiva digna de aceitação, uma vez que é inevitável questionar que tipo de
amor é esse que despreza o outro e somente o "eu" importa, sendo que
nem mesmo no amor erótico estaremos sem o outro, a presença do outro não deve
ser descartada. Quando se ama é impossível não se doar, o verdadeiro amor é
altruísta, não há espaço para egoísmo. Aquele que é capaz de “matar por amor”,
na verdade, não o faz por esse motivo, o faz por um sentimento doentio, que a
psicologia classifica, entre outros termos, como ciúme patológico, obsessão,
imaturidade. Por amor não se mata, por amor doa-se a vida; foi o que Jesus
Cristo fez pela humanidade perdida, com o fim de resgatá-la. Não há elucidação
melhor que a narrativa do apóstolo Paulo: “o amor é sofredor, é benigno; o amor
não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se
porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita
mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha”.
14 – Dificilmente sabemos quando devemos dar um
basta na situação. Temos que saber o momento exato de dizer “chega, não dá
mais”, e de fato desejar fazer isso. É ocasião para se impor. Certas medidas
são devidas e tomadas de decisões necessárias, se desejarmos mudanças. É
necessário dar um basta no sofrimento (ou em algo que nos incomoda) e não
aceitar mais aquilo que não nos traz contentamento, que não nos edifica, coisas
que não contribuem em nada para nossas expectativas. Não somos obrigados a
concordar sempre com a visão dos outros. Temos representantes demais na
sociedade, os quais na maioria das vezes não nos representam com coerência. E
que temos feito por nós mesmos e pelos outros? Criticamos, nos enciumamos,
ficamos irados, encabruados, embaraçados, sem tomar quaisquer decisões, sem contribuir
efetivamente. Devemos reconhecer o momento exato de dar um basta em tudo e
recomeçar; de tudo que temos visto e ouvido, temos uma certeza: o recomeço mais
importante é a oportunidade de nos religarmos a Deus. As alianças e
compromissos humanos podem ser feitos, refeitos e/ou desfeitos. Mas aquele que
vem a Cristo jamais é dispensado. Disse o Filho ao Pai: “Dos que me deste
nenhum deles perdi”.
15 – É natural desejarmos viver uma vida abundante;
inclusive, é uma promessa. Entretanto, com frequência enterramos os nossos
talentos. Não podemos viver mais apaixonadamente sem investimento. Muitos
cristãos mantêm-se excessivamente em segurança e em comodismo extremo, e não
entendem por que são tão mesquinhos. Deus investiu o Seu maior tesouro em nosso
resgate, ofertando graciosamente o Seu próprio Filho. Portanto, demos um basta
à falta de produtividade, compreendamos que não estamos aqui para sermos
“gordos espirituais”. É certo que devemos nos alimentar com a Palavra de Deus,
e quanto mais, melhor, mas esse alimento não é só nosso, devemos compartilhar
com os nossos semelhantes. Jesus foi bem claro ao declarar: “amai ao próximo
como a si mesmo” e “como eu vos amei”. Não sugerimos que devamos nos esquecer
de nós mesmos para dedicarmos nossas vidas exclusivamente às outras pessoas.
Isso também não seria viver abundantemente. Entretanto, fazer boas obras e amar
ao próximo, além de ser um mandamento divino é também um direito e um dever de
todo cristão. E não nos esqueçamos que sem Jesus, nada podemos fazer.
“Porventura pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas?”.
16 – Comida, bebida, trabalho, diversão, sexo,
compras, compromissos, comprimidos, religiões, tudo isso e muito mais, podem
reduzir o tormento de uma vida sem sentido. Claro que quaisquer atividades e
passatempos desviam temporariamente as tensões diárias e as preocupações de
nossas mentes, tiram o foco da dor, do sofrimento e, muitas vezes, da
realidade. As dores físicas e psíquicas quase sempre podem ser curadas pela simples
mudança de hábitos e de comportamentos. Entretanto, enquanto o homem não
desvendar os mistérios de sua existência, enquanto não descobrir por que está
aqui, não estará satisfeito, pois não compreenderá seus objetivos e razões
existenciais, e viverá em constante conflito. A única forma de se buscar esse
entendimento não é através de uma religião, seja ela qual for, nem através de
nenhuma das atividades citadas, mas se faz buscando a mente de Cristo,
procurando viver como o único Homem perfeito ensinou e demonstrou. É só através
do Filho que conheceremos o Pai eterno, o Criador que nos deu vida, e que
deseja nos resgatar. Queira Deus possamos falar com a convicção do apóstolo
Paulo: “... quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós
temos a mente de Cristo”.
17 – É durante as horas de inevitáveis
expectativas, quando os ponteiros dos relógios mexem-se muito lentamente, ou
parecem não se mexer, que ficamos mais preocupados e perceptíveis. É nesses
momentos que algumas imagens passam por nossas mentes, e normalmente pensamos
naquilo que mais nos aflige. Essa sensação desconfortável nos adverte que não
costumamos planejar com antecedência o nosso futuro, lembra-nos que somos seres
imediatistas. Às vezes, mesmo sabendo que a maior necessidade do homem está
relacionada à vida depois da morte, não nos preocupamos com essa realidade e,
paradoxalmente, vivemos como se fôssemos viver para sempre aqui neste mundo.
Seria mais confortável e menos preocupante se substituíssemos os pensamentos imediatistas
pelas reflexões de natureza espiritual e perspectiva eterna. Só assim
aproveitaríamos ao máximo o nosso tempo e deixaríamos de dar importância
excessiva às questões de nenhuma ou de pouca relevância. “Porque a nossa leve e
momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;
não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as
que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas”.
18 – Dizem que o coração sabe o que é melhor para o
homem, que ele é como uma bússola e que se o consultássemos, saberíamos a
direção correta. Quem pensa assim nunca se apaixonou pela pessoa errada, talvez
nunca tenha desejado algo ou alguém com veemência e depois descobriu que não
era bem aquilo que precisava, e que jamais deveria tê-lo almejado. O coração
leva-nos a caminhos equivocados e mortais. “Há um caminho que ao homem parece
direito, mas o fim dele são os caminhos da morte”. O coração foi criado puro,
mas tornou-se enganoso e corrupto, repleto de sentimentos medíocres e desejos
impuros. O homem, influenciado pelas forças do mal, contamina tudo que toca;
nada escapa às suas ações egoístas. Pelo engano do coração muitos são escravos
do pecado. Se seguirmos os desejos do coração, estaremos fadados ao fracasso, salvo
raras exceções. Não há dúvida que podemos adquirir bens e desfrutar de
prazeres, mas esse usufruto é limitado; há gozo, porém, com satisfação
reduzida, prejudicada pela culpa. Entretanto, não há motivo para preocupação,
pois o coração do homem é tão importante para Deus, que Ele ainda deseja
reconquistá-lo e novamente limpá-lo. “Bem-aventurados os limpos de coração,
porque eles verão a Deus”.
19 – Ao longo da história da humanidade ouvem-se
muitas estórias, e muitas delas são consideradas verídicas, pois nem sempre
dispomos de parâmetros confiáveis para verificar a veracidade desses contos.
Até mesmo alguns cristãos, devido ao escasso conhecimento da Palavra de Deus e
ingenuidade, iludem-se com algumas narrativas. Muitas lendas e mitos são
criados pela fértil e fantasiosa imaginação humana na tentativa de desvendar os
segredos do oculto. Provido de inteligência e dons criativos, o homem cria
situações ilusórias na tentativa de desvendar mistérios e fenômenos
desconhecidos. É claro que existem situações e fatos que merecem crédito, mas
que são considerados por muitos como mitológicos, no sentido mais básico da
palavra. Na verdade, tudo aquilo que não pode ser provado cientificamente é
considerado um mito. De acordo com essa tese, as revelações bíblicas podem ser
confundidas com a mitologia, uma vez que essas narrativas não têm como meta
fornecer provas científicas, mas intenciona revelar o Criador, incutir a fé.
Portanto, acreditar em fábulas e crer nas Escrituras não é a mesma coisa, são
realidades completamente diferentes. “... Rejeita as fábulas profanas e de
velhas, e exercita-te a ti mesmo em piedade”.
20 – Somos seres limitados. Disso ninguém duvida. A
nossa limitação pode ser comparada às turbinas dos aviões. Essas máquinas, como
qualquer outra, também são limitadas, e são projetadas para funcionar dentro de
parâmetros de segurança. Os aviões são rigorosamente regulados para operar
nessas condições e os pilotos são devidamente treinados para só utilizar
potência que entrem em gráficos que atinjam certas limitações, em caso de
emergência. E quando isso acontece, as turbinas passam por rigorosíssimas
inspeções internas e externas, e só voltam ao trabalho depois de serem
realizados os ajustes necessários. Da mesma forma, se ultrapassarmos os nossos
limites, sem dúvida, nos machucaremos, e a intensidade do ferimento e da dor
dependerá do quanto excedermos. Não avançamos além de nossas limitações por
acaso, há sempre uma ou mais razões, e, às vezes, por mero capricho. Deus tem
sérios motivos para estabelecer limites ao homem, embora não entendamos todas
as razões, e uma boa justificativa é que nossas esperanças estejam nEle.
“Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus
caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos
do que os vossos pensamentos”.
21 – Em vez de vivermos preocupados, lamentando
quanto às ações que deveríamos tomar a fim de armazenar fortuna, que tal
buscarmos a comunhão com Deus em primeiro lugar? Muitos se preocupam
demasiadamente com o futuro, como se tivessem total controle sobre um fio de
seus cabelos. Não há nada de errado em planejar, se preparar e lutar por um
futuro melhor. Mas a preocupação exacerbada pode transformar-se em graves
problemas se a tivermos como prioridade e se ela escapar ao nosso controle,
como é de costume. Na maioria dos casos esses distúrbios (assim podemos classificá-los)
surgem devido à ânsia exagerada por prosperidade. A nossa atual sociedade vive
doente, deprimida, sem paz, sobressaltada, sem tempo para convivência familiar
nem para se dedicar aos amigos; muitos já não têm sequer tempo nem para Deus,
pois se esquecem da verdadeira prosperidade. Não vale a pena correr riscos
desnecessários por tão pouco, porque tudo nesta vida passa, mas o que é
investido no reino dos céus é para sempre. “Amado, desejo que te vá bem em
todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma. Porque
muito me alegrei quando os irmãos vieram, e testificaram da tua verdade, como
tu andas na verdade”.
22 – Um
elogio sincero pode penetrar profundamente as almas mais introspectivas,
acalmando os corações e trazendo sensações agradabilíssimas, como o sentimento
do dever cumprido, por exemplo. Devemos elogiar sempre, mas “sem forçamento de
barra”, pois o elogio que surte efeito não é bajulador. A pessoa elogiada sabe
muito bem distinguir uma intenção pura daquela em que há segundas intenções.
Reconhecer os esforços, as competências, as qualidades e virtudes das pessoas
são detalhes que devem ser bem explorados. Elogiar faz bem, e ser elogiado é
melhor ainda. No entanto, devemos resistir aos exageros e à falsidade, devemos
ainda evitar comparações. Bom seria ficarmos no anonimato, mas como é
impossível deixarmos de ser notados, então aceitemos os elogios daqueles que
verdadeiramente nos apreciam, não há motivo para recusar, e, por outro lado,
não devemos viver em função disso. O reconhecimento de nossos trabalhos e de
nossas ações pode ser enriquecedor, todavia, o que mais deve nos alegrar é a
aprovação por parte dAquele que tudo vê. “... Tudo o que é verdadeiro, tudo o
que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo
o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”.
23 – Tentar compreender a mente
humana não é tarefa das mais fáceis. Mesmo as pessoas consideradas normais nos
surpreendem com comportamentos imprevisíveis. Que diremos daquelas que estão
enfrentando problemas mais sérios? Os cientistas da psicologia estão com suas
pesquisas bem avançadas, e estas, embora não sejam perfeitas nem infalíveis,
têm ajudado bastante. Muitas pessoas estão vivendo mais felizes e confortáveis
com o auxílio dos psicólogos, outras nem tanto, por não terem alcançado o sucesso
almejado, talvez por falta de fé nos métodos utilizados, ou, quem sabe, por
falta de confiança nos profissionais da psicologia, afinal, não é sábio confiar
plenamente no outro. Além disso, temos que considerar que existem maus
profissionais não só onde trabalhamos. Na verdade, existe apenas um Psicólogo
totalmente confiável, perfeito, que nunca falha, que conhece a todos nos
mínimos detalhes, e é capaz de sondar até mesmo os nossos pensamentos. A
psicologia tem auxiliado muito, mas se quisermos respostas definitivas, então
convém que procuremos nas Escrituras, porque só elas revelam a verdadeira
necessidade humana: o Psicólogo dos psicólogos. “Então conheçamos, e
prossigamos em conhecer ao SENHOR”.
24 – Ao criar o mundo físico, o Criador estabeleceu
certos padrões. E nós não podemos burlar esses padrões de modo que nos sejam
convenientes, ou seja, não podemos alterá-los em favor de nossas pretensões.
Muitos tentam, mas sempre falham. O mundo visível funciona de acordo com esses
padrões fixos, chamados “leis da natureza”. Só existe uma Pessoa que não está
sujeita nem limitada a estas leis. Apenas Deus (e quem Ele determinar ou
permitir) realiza as obras sobrenaturais, os milagres, isto é, coisas que estão
além do poder do homem e da natureza. É por estas leis que o Senhor exerce o
governo do universo. Essas leis não são a própria natureza, nem são
independentes de Deus, nem é conveniente julgarmos ser o próprio Deus. Jesus, o
Filho de Deus, fez muitos milagres enquanto esteve aqui. Cristo curou muitos
enfermos, ressuscitou alguns mortos e transformou vidas. Ele ainda é o Grande
Médico do universo, e Se alegra quando os homens se permitem ser transformados
por Ele em sãos adoradores. Quando Deus realiza milagres, as leis da natureza
não são violadas, mas são superadas num determinado ponto. As forças da
natureza não são anuladas, mas neutralizadas. “Porque para Deus nada é
impossível”.
25 – Nada (nem ninguém) deve assumir a primazia em
nossas vidas, além do Senhor. Deus é o nosso Bem Maior. É triste, mas é fato
que a nossa natureza corrompida nos faz sermos tão ambiciosos que recusamos
canalizar nossas prioridades para o Bem Supremo. Somente a fé no Salvador pode
nos despertar para que sejamos fiéis discípulos de Cristo e, desta forma,
dediquemos integralmente nossas vidas ao Pai. Ser discípulo significa estarmos
dispostos a abrir mão de nossas ambições pessoais, de tudo aquilo que desagrada
ao Senhor, significa imitá-Lo. Sabemos que não é fácil deixar de lado tudo
aquilo que desperta o nosso interesse. Todavia, Cristo deve ser o centro de
nossas ambições. O Senhor, nosso Deus, deve ser absoluto em nossas vidas. Não
estamos dizendo que devemos renunciar as coisas boas da vida, mas que busquemos
sujeição a Deus, porque só Ele sabe o que é melhor para nós. Dificilmente Deus
atenderá aos nossos desejos enquanto não dominarmos as nossas ambições,
enquanto os nossos desejos não estiverem de acordo com Sua vontade absoluta,
enquanto não estivermos mortos para o pecado. “Assim também vós considerai-vos
como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor”.
26 – Muitas pessoas lutam contra algum tipo de
vício. Os vícios mais nocivos são: a bebida; as drogas proibidas; o cigarro; a
comida em excesso; o sexo vulgar, não natural e descompromissado; as compras
compulsivas; e a preguiça. A sequência prioritária varia de pessoa para pessoa.
Há outros tipos de menor destaque e que não deixam de afetar negativamente a vida
das pessoas. Estas precisam aprender a dominar suas compulsões, muitas lutam
pela própria recuperação, com ajuda de familiares e amigos, mas poucas têm
êxito. A maturidade é um fator que ajuda na forma como lidamos com os
problemas; algumas pessoas amadurecem mais rápido que outras, mas a maioria
necessita de mais tempo para adquirir o autodomínio e substituir vícios por
virtudes. Um dos segredos para vencer essas opressões é manter-se em
atividades, pois a ociosidade é a mãe de todos os vícios. No mínimo, devemos
manter a mente ocupada com leituras que ensinam, orientam e trazem esperança.
Sejam quais forem os vícios, entendamos que não somos os únicos pecadores,
mesmo Paulo julgou-se “o principal dos pecadores”. Só há um perfeito; e Ele nos
ama apesar de nossos vícios. E Ele disse: “Não necessitam de médico os sãos,
mas, sim, os doentes”.
27 – Quando estamos satisfeitos conosco mesmos,
passamos a enxergar o mundo com mais clareza e de maneira mais realista e
positiva. A autossatisfação nos deixa mais animados, mais felizes, mais
conscientes e, consequentemente, mais atraentes e “confiáveis”. Quando
verdadeiramente nos aceitamos como somos, nós aumentamos também a nossa
autoestima, e essa autoaceitação e autopercepção, além de nos trazer
considerável contentamento, agrada a Deus, isso porque abandonamos a atitude
crítica e pessimista em relação a nós mesmos e passamos a admirar e ser mais
gratos ao Criador por tudo que Ele criou. É importante valorizar-se; muitas
pessoas, porém, valorizam-se em excesso – se por necessidade de autoafirmação,
ou por arrogância, não nos é permitido saber. Por outro lado, há também aquelas
que desconhecem a si mesmas e a seus potenciais e, por isso, não se dão o
devido valor. Quem somos nós afinal? Por que tantas dúvidas? Seríamos mais
saudáveis se crêssemos que somos obras das “mãos” do próprio Criador. Essa
crença mudaria tudo, porque dificilmente destruiríamos ou menosprezaríamos
aquilo que Deus criou com tanto amor. “... Porque Deus fez o homem conforme a
sua imagem”.
28 – “... Alguns, pela sua robustez, chegam a
oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado...”. Somos relativamente
jovens, mas já estamos sentindo os impactos dessa terrível (mas compensadora)
fase. À noite vamos exaustos para a cama, e pela manhã levantamos cansados como
se nenhuma quantidade de sono pudesse nos restaurar. Recorremos aos complexos
vitamínicos - em determinada fase da vida o nosso organismo já não consegue
mais extrair com eficiência as vitaminas dos alimentos -, mas nem sempre
resolve, e meses após desgastantes meses tudo se repete. Mesmo quando fazemos o
que gostamos, sentimos que nos é exigido além do que suportamos. É hora de
rever se vale à pena tanta agitação. Diminuímos o ritmo, mas com o tempo o
corpo volta a sentir cansaço maior ainda, mesmo com cargas menores de trabalho.
Fazemos de tudo para voltar ao que éramos antes, mas chegamos à triste
conclusão que não somos mais meninos. Espiritualmente somos jovens, mas o corpo
já não aguenta, “a carne é fraca”. Coragem! Nem tudo está perdido, existe uma
esperança; aliás, uma promessa: “... Os que esperam no Senhor renovarão as
forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão,
e não se fatigarão”.
29 – “Sucesso”, como tantas palavras, é algo
abstrato. Assim como os alvos individuais. Podemos almejar uma derrota, por
exemplo, e isto não é nada difícil de conseguir, a menos que o nosso adversário
seja relapso. Na verdade, desejamos sucesso em tudo, no casamento, na família,
no trabalho, nas conquistas, nas atitudes etc. Certas pessoas obtêm êxito
naquilo que fazem com extrema facilidade, e outras nem tanto; muitas têm que
“ralar” mesmo. Conhecemos muitas celebridades, mas desconhecemos o que elas
tiveram que enfrentar para que chegassem aonde conseguiram chegar, e isso pouco
importa, porque imaginamos que elas são felizes. Mas, será que são mesmo? Não
tenhamos tanta certeza, porque o sucesso sem Deus é algo vazio, sem sentido. O
segredo do sucesso não tem nada a ver com o que a maioria das pessoas pensa, o
mais importante é procurar viver de acordo com os propósitos de Deus. Do que
adianta ganhar o mundo e perder a salvação? O sucesso que garante a salvação é
ter um relacionamento com Deus, é viver como Jesus, compartilhando a verdade do
Pai. Nenhum galho pode dar fruto de si mesmo, se não estiver ligado à Videira:
“Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada
podeis fazer”.
30 – Recuse viver simplesmente por viver, tenha
objetivos, faça descobertas, e tenha um encontro pessoal com o Salvador. Quando
nos encontramos com Cristo, nossas experiências diárias nos trazem novas
perspectivas, tudo muda. Antes, nossa vida era sem motivação, por mais que
tenhamos tentado dar sentido a ela. Mas depois, com o novo nascimento, agora
que “tudo se fez novo”, que nossos pecados foram perdoados e esquecidos por
Deus, vivemos sem culpa, em paz e com maior prazer. Temos motivos reais para
sermos felizes, buscando viver de modo agradável a Deus. Todavia, por mais fé
que tenhamos, por mais entendimento que assimilemos, por maior que seja a nossa
transformação, continuaremos sendo seres humanos comuns, sujeitos às mesmas
intempéries. Pesquisadores, cientistas, escritores e demais profissionais
continuarão investindo em seus trabalhos, sem saber se obterão algum êxito; os
exércitos continuarão preparando-se para a guerra, sem saber se serão novamente
empregados. E o biociclo continua, com ou sem esse necessário encontro, a
diferença está no sentido que é dado à vida, e, lógico, no final: “Então
voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a
Deus, e o que não o serve”.
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