A SINCERIDADE PODE MATAR – 1 João 3:23


Será transcrito adiante um texto que considero relevante para nossa meditação, pode ser encontrado em “Boa Semente 2010 – livro de meditações e compromissos devocionário de evangelização e inspiração cristã” com o título “A Sinceridade é Suficiente?”. Em seguida, farei um breve comentário, e espero que você também dê sua opinião. Se preferir, não há necessidade de identificação, o importante é contribuir; afinal, todos nós precisamos aprender uns com os outros.

Eu ainda consigo ver nosso velho professor de história entrando na sala de aula com sua pasta lotada de papéis. Quando falava sobre os ritos das religiões antigas sempre concluía a aula com as seguintes palavras: “Como vocês podem perceber, se alguém é sincero, não importa no que se crê”. Será que ele dizia isso para tranquilizar a própria consciência do que para convencer seus estudantes?
Essas palavras me incomodavam quando era jovem; agora me ofendem acima de tudo, pois expressam um erro grosseiro. A sinceridade é importante e necessária, mas não é o suficiente. Uma pessoa pode estar totalmente enganada apesar de sua sinceridade. Isso fica evidente na vida diária. Alguns acreditam sinceramente que a verdade está sempre do lado da maioria. Que engano! Saulo de Tarso cria que prestava um grande serviço a Deus ao perseguir os primeiros cristãos. Que ilusão terrível!
Não duvidamos da sinceridade de nossos leitores. Eles acreditam no ensino dos pais ou de seus líderes espirituais. Mas você já examinou tais ensinos à luz da Bíblia? Queremos enfatizar aqui uma passagem do livro santo: “O seu mandamento é este: que creiamos no nome de Seu Filho Jesus Cristo” (1 João 3:23).
Querido leitor, o seu futuro depende de uma fé genuína no Senhor Jesus, não da sua sinceridade nas crenças que você escolheu ter, conforme a sua conveniência.

Quanto aos ritos, sejam das religiões antigas ou das modernas, por mais esplendorosos e formais que sejam, fazem parte de uma mesma categoria, à classe das invenções, pois não passam de engenhosidades humanas. Jesus Cristo é o único rito verdadeiro, Ele não é uma criação humana, mas uma iniciativa divina. Jesus é o único “religare”, só Ele pode fazer a ligação entre o homem e Deus, Ele é o nosso Pai, Amigo, Conselheiro, Sumo Sacerdote, Profeta, Rei, Salvador, e muito mais.

Concordo com o comentário do autor em relação ao que dizia seu antigo mestre, “se alguém é sincero não importa no que crê”. O homem responsável por fazer tanta gente boa pensar devia ter mesmo esse conflito pessoal. E, para convencer-se, para confortar seu coração e sua própria consciência, precisava repetir por diversas vezes aos outros aquilo que nem ele mesmo tinha convicção. O fato de ele colocar para fora as ideias que queria acreditar lhe causava certo conforto e uma sensação de falsa segurança. Mas era tudo que ele precisava, afinal era inteligentíssimo, independente e dominava todo o conhecimento da história da antiguidade; acredito que além dos livros didáticos que lia, devia ter lido ainda a Bíblia, o Alcorão e outros livros considerados sagrados, apenas para confrontar com seu conhecimento. Infelizmente ele foi severamente iludido. Espero que esse tal professor tenha tido a grata oportunidade de se encontrar com Cristo; ainda em vida, lógico, pois enquanto há vida, há também esperança.

Por isso, não posso concordar com o autor quando afirma que se sente ofendido com o que dizia seu professor. Os erros dos outros não podem me ofender, no máximo eles me incomodam e até podem me decepcionar. Isso porque consigo entender que também sou falho e que não sou conhecedor de todas as coisas, além disso, antes de me aplicar em compreender e ensinar sobre as coisas de Deus, não cria em Sua existência, foi Deus, ouvindo as orações de outrem, quem mudou a minha mente e o meu proceder. Isso também é possível que aconteça com o professor, bem como com qualquer outra pessoa que seja apresentada a Deus em oração, pois a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.

Sou plenamente edificado quando olho para mim mesmo e vejo que não sou perfeito, e sei que as pessoas também sabem que sou imperfeito, mas Deus me vê como se perfeito eu fosse, pois para Deus o cristão é perfeito. Isso porque Ele olha para os cristãos através de Cristo. Os discípulos de Jesus Cristo são justificados por intermédio de Seu precioso sangue, e não meramente pela sinceridade.

De fato, precisamos ser sinceros, mas a sinceridade não é suficiente, inclusive ela pode até matar. O que precisamos é crer na pessoa certa, e não em uma religião. Religião alguma pode salvar o homem. Só Cristo salva. O mesmo engano cometido por Saulo de Tarso continua sendo perpetrado pelas pessoas que pensam que religião é uma bandeira a ser defendida a qualquer custo. Não foi isso que Jesus ensinou, entre muitas verdades, Ele disse: “quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”.

Ensinamos aquilo que pensamos que aprendemos, mas nem tudo que aprendemos se configura na realidade; o que não deve nos conduzir a condição de céticos, pelo contrário, devemos procurar pela verdade até encontrá-la, e essa Verdade só pode ser encontrada à luz da Bíblia, a viva e eficaz Palavra de Deus. Entretanto, devemos tomar cuidado para não buscá-la em versículos isolados, como fazem alguns, mas em sua integralidade. Só assim poderemos crer no Filho de Deus.

Se crer em Jesus Cristo é um mandamento, então não temos outra opção, temos que crer. Do contrário, seremos condenados: “o que não crê, já está condenado” (João 3:18). Tudo que Deus ordena que façamos é possível de ser realizado pelo ser humano, não seria sábio um Deus que mandasse fazer algo que fosse impossível de ser cumprido. O que acontece é que, além daquelas pessoas que conscientemente adulteram os mandamentos de Deus devido a interesses pessoais, muita gente confunde Suas ordens, por ignorância, ou por conveniência.

A conveniência me mantém no pecado e, consequentemente, na condenação. Se hoje estou indisposto e não quero trabalhar, é fácil inventar uma desculpa e mentir para meu chefe, pensando assim que estou levando vantagem. Assim como este, qualquer outro pecado, eu cometo por questão de conveniência (ou por falta de amor). É conveniente não crer em Cristo Jesus, pois dessa forma, não terei que me sentir culpado por andar em caminhos tortuosos, os quais aos insensatos parecem corretos. Vivo o momento que me é conveniente e não me preocupo com o futuro, esqueço-me que estou aqui só de passagem, e que o eterno Criador não me fez para ser destruído. Mas nada disso me interessa, o importante é que sou sincero, não quero crer em Jesus Cristo. E daí?

É fato que somos os únicos responsáveis por nós mesmos, e é fato também que Deus não nos forçará a cumprir nada que não desejemos fazer, pois tudo que Ele planejou fazer para salvar o homem, isso com certeza Ele fez. Cabe a nós, sinceramente, decidir aceitar ou rejeitar. Portanto, sejamos cautelosos, pois a sinceridade, sem Jesus, pode matar.

Que o Senhor nos abençoe e nos guarde.



Monteiro

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