NOSSA MISSÃO É RESGATAR – MT 9:36


A missão dada por Jesus da parte do Pai é tão importante, que não deve ser tomada apenas como parte de um ministério eclesiástico. A ordem de evangelizar é a essência e a razão de ser da igreja. Como alguém já disse, a igreja que não evangeliza deixa de ser evangélica, ela se transforma em um clube ou em uma agremiação qualquer, onde as pessoas se reúnem para fins mútuos, isto é, comuns a elas mesmas e não ao reino dos céus. Este reino pode até ser citado, mas seus propósitos estão bem distantes dos desígnios de Deus. Pois o Senhor está nos lábios, mas não nos corações das pessoas que frequentam esse tipo de associação, salvo algumas exceções.

Existem hoje diversos tipos de igrejas. Há igrejas que evangelizam e igrejas que já não têm mais forças para pregar o verdadeiro evangelho. Há também igrejas que evangelizam severamente. Contudo, estas possuem intenções alheias à exigida por Deus. Não vamos generalizar, porque ainda existem muitas congregações sérias e com propósitos definidos dentro das páginas das Sagradas Escrituras.

Lamentavelmente, uma boa parte dos grupos eclesiásticos apresenta um evangelho corrompido, um evangelho que promete muitas coisas, mas raramente se compromete com o anúncio da salvação e com o perigo da condenação eterna. Em virtude disso, muitas pessoas procuram as igrejas e até pensam em mudança de vida, mas acabam por perecer e desistir, isto porque suas buscas são por igrejas, e não pelo Senhor da igreja.

De fato, a transformação dessas pessoas não pode acontecer, elas não podem ser renovadas, não podem nascer de novo, porque não buscam ser transformadas pela observância da Palavra e pelo poder do Espírito Santo. Por isso que quase não se vê conversões reais, quase não ocorrem mudanças de mentes, nem de corações, muito menos de comportamentos.

O que podemos observar com tantos movimentos interesseiros são inchamentos de prédios com reduzido número de pessoas verdadeiramente convertidas. Infelizmente o que na verdade está acontecendo é excesso de conversões hipócritas, e estas pessoas de comportamentos duvidosos escandalizam as boas novas de salvação do Senhor Jesus Cristo, o que torna o anúncio do evangelho mais dificultoso, porque, como se diz, contra fatos não há argumentos.

Sente-se, portanto, a necessidade de voltarmos ao primeiro amor, digo, às raízes da igreja. Já passou da hora de voltarmos a copiar a Igreja Primitiva. Dou graças ao bom Deus, por ainda existirem muitos homens de Deus que trabalham com afinco, que lutam verazmente por amor ao nome do Senhor, que realmente amam a Deus, Sua obra e às pessoas. Dou graças a Deus porque ainda existem muitas pessoas que olham para o rebanho perdido, como Jesus olhou: “E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9:36).

Mas, como sabemos, não é fácil distinguir o joio em meio ao trigo. Por isso, tratemos a todos, como se trigo fossem. Psicologicamente, o joio não sente qualquer culpa, mas pensa que está levando vantagem, que está lucrando com os esforços do trigo. Por outro lado, o trigo sente vergonha, perde suas forças, e quase não tem ânimo para lutar, mas reconhece que quem é o Todo-Poderoso é o Senhor, o qual vai colocar tudo em seu devido lugar no tempo certo.

Portanto, oremos pelos joios, para que “caiam na real”, ou melhor, para que fiquem de pé perante o Senhor e se arrependam de suas falsidades, de suas ganâncias, e por desviarem tantos da única e verdadeira Porta do aprisco. Oremos também para que não caiamos, pois grandes são as tentações, e que o Senhor nos livre de todas. Porque Sua volta está cada vez mais próxima e nós estamos despercebidos. Ainda bem que o amor de Deus subsiste a tudo. Mas não podemos esquecer que Ele também é Justo, e que tudo Ele falou será cumprido.

Que Deus nos abençoe e nos guarde.
Monteiro

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