“Ora, há diversidade de dons, mas
o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E
há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada
um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum. Porque a
um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito,
a palavra da ciência; a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; a outro, pelo mesmo
Espírito, os dons de curar; a outro a operação de milagres; a outro a profecia;
a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro
a interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas
coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer”.
Quem é mais importante na obra de
Deus?
Sem demagogia alguma, eu gostaria
de afirmar que todos os papéis são interdependentes e de suma importância para
o bom funcionamento da comunidade cristã, como para qualquer outra instituição
que deseje funcionar adequadamente e atingir suas metas preestabelecidas com
qualidade e eficácia.
A principal diferença entre uma instituição
qualquer e uma comunidade cristã se encontra justamente no objetivo. Aquela tem
fins lucrativos e esta não (pelo menos não deveria ter). Por isso, não se deve
pensar unicamente em possibilidades que melhorem os trabalhos internos e individuais,
mas deve-se pensar de forma geral e grupal, sabendo-se que há necessidade de se
abranger toda e qualquer sociedade local e quiçá as distantes.
Os diversos papéis desenvolvidos
na obra do Senhor são nada mais que as conhecidas vocações cedidas pelo
Espírito Santo e que hoje a igreja as utiliza com terminologias distintas:
pastores, mestres, missionários, evangelistas etc.
Qualquer função a ser
desempenhada merece ser bem executada, principalmente aquela que deve funcionar
como um organismo único, o Corpo de Cristo. Portanto, deve haver equilíbrio na
execução desses papéis, deve-se ainda conhecer técnicas e estratégias de
execução.
Não é necessário “reinventar a
roda”, mas procurar orientação com quem já vivenciou dadas situações, além de
especializar-se, fazer tudo em amor (amor pelo trabalho, pela obra, pelas
pessoas e, logicamente, como prioritária, pelo Senhor da obra, o nosso Deus),
evitando sofrimento por falta de habilidade, de vocação e de amor por aquilo
que faz ou deveria fazer. O mesmo espírito deve ser preservado, com a
finalidade de que um membro qualquer de um determinado grupo não venha a
desfazer o que outro já havia feito. Os trabalhos devem ser somados e não
subtraídos.
Conseguir comunicar e saber como delegar
é de extrema relevância, pois uma delegação bem orientada e acompanhada prepara
os executores (ou executantes – aqueles que põem em prática os projetos) para
atividades futuras. Afinal, lideram-se melhor quando se sabe o que se está
cumprindo e como se está fazendo. Jesus, o nosso exemplo maior, fez isto com
muita propriedade. Aliás, nenhum líder por excelência, se dedica apenas a empreender,
monitorar, coordenar, negociar ou ser o principal mentor da questão. Pelo
contrário, são também exemplos de executores.
Delegar não é ser gandula, que
passa a bola e deixa os jogadores das equipes se virarem como puderem. Se bem
que os gandulas ainda fazem mais que certos líderes, porque eles ficam ali ao
lado do gramado (torcendo, em seu íntimo) esperando sua vez de atuar, coisa que
nem todo delegante costuma fazer. Muitos dizem “assuma!” e somem. Que fique
claro que não são todos.
O líder tem que ter compromisso.
Você já viu um líder descompromissado? Com certeza você nunca viu e jamais verá,
pois um indivíduo que agisse assim seria qualquer coisa, menos um líder. Penso
que um líder de verdade não enviaria seus liderados para o campo de batalha e
ficaria em seu palácio desfrutando-se de belas paisagens e coisas agradáveis
aos olhos ou, trazendo para os nossos dias, assistindo novelas e futebol.
Atitudes assim trariam transtornos e arrependimentos, uma vez que dessa maneira
nenhum projeto teria pleno sucesso. O líder, por natureza, devido ao seu
destaque já é alvo de críticas, imagine se ele agir inadequadamente.
A figura do executor não é
diferente da do líder, bem como suas responsabilidades e compromissos, uma vez
que combina todas as características peculiares a todas as funções, além de que
orientado às tarefas, mantém o foco no trabalho e exibe um alto grau de
interesse, motivação, energia e ímpeto pessoal; aceita responsabilidades,
realiza tarefas e sustenta uma elevada produtividade pessoal – o que influencia
em toda a equipe e conduz a todos às metas estabelecidas.
É necessário ser humilde o
suficiente para ter consciência do fato de que se é um mero executor, isso
porque muitas pessoas desejam no exercício de suas funções eclesiásticas cargos
de elevada hierarquia e prestígio (como julgam), coisa que raramente
conseguiriam nas atividades seculares. É extremamente importante ter sempre em
mente que o único líder a ser exaltado deve ser o Espírito Santo e, por
conseguinte, Jesus.
Como já afirmado, todas as
funções são interdependentes e de relevante importância para o bom
funcionamento do Corpo de Cristo. Portanto, se você deseja ser útil na obra de
Deus e agradar o Mestre dos mestres e Senhor dos senhores, você deve cumprir o
seu papel como quem faz para Ele (Ef 6:5). De fato você estará fazendo para
Ele, porque dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. Amém! (Rm 11:36).
Que Deus nos abençoe.
Monteiro
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